Reforço o convite – já feito aqui – para o curso sobre Doutrina Social da Igreja. O evento, com duração de três dias (não completos) está sendo promovido pelo Movimento Regnum Christi em conjunto com o Círculo Católico de Pernambuco. Imperdível! Seguem os detalhes:

_____________________________________

Venha a nós o Vosso Reino!

Estimados em Cristo,

Gostaria de fazer-lhes um convite.

O período eleitoral se aproxima e, como católicos que somos, recai sobre nossos ombros uma imensa responsabilidade. Responsabilidade não apenas na escolha daqueles que nos representarão nas casas legislativas e no governo, mas, principalmente, na formação de nossas consciências para uma autêntica ação social cristã.

Alguns católicos, seja por ignorância ou seja por apego a alguma ideologia, infelizmente preferem separar o âmbito da Fé do âmbito da política. Todavia, tal comportamento revela-se um enorme equívoco, uma vez que o católico verdadeiro deve saber colocar em primeiro plano a sua Fé, orientando suas decisões de acordo com à Vontade de Deus expressa na Revelação Sagrada cuja Fiel Depositária é a Santa Igreja Católica, Coluna e Sustentáculo da Verdade (cf. 1Tm 3, 15), afinal, assim nos ensina Nosso Senhor: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6,33).

Isto posto, diante do quadro político atual é natural que surjam dúvidas acerca de qual deve ser aescolha correta – ou, no mínimo, a menos nociva – para o eleitor católico. Sabemos bem quea Igreja não apóia partidos e nem candidatos, antes, ela nos aponta princípios pelos quais devemos guiar tanto as nossas escolhas políticas quanto a nossa atuação social. Tais princípios encontram-se sintetizados naquilo que chamamos de Doutrina Social da Igreja.

Por quais motivos a Igreja condena o socialismo? Por quais motivos a Igreja não apóia todas as práticas ditas “liberais“? O que falar do capitalismo? No intuito de dar respostas satisfatóriasa estas e a muitas outras perguntas, o Movimento Regnum Christi promoverá em Recife umCurso de Doutrina Social da Igreja, voltado para a conscientização do autêntico cidadão católico. Todos vocês estão convidados a tomarem parte deste importante evento, que ocorrerá nos dias 30/07, 31/07 e 01/08 conforme planejamento abaixo:

Sexta, 30/07:
Missa de abertura na Paróquia das Graças, às 19h00 . Após a Missa, seguiremos para o salão paroquial da igreja, onde teremos uma breve introdução ao assunto que será estudado durante o curso.

Sábado, 31/07, no auditório do Círculo Católico de Pernambuco: Palestras das 8h30 às 12h00, com Coffee Break; Almoço (não incluso) até as 14h00; Palestras das 14h00 às 17h00.

Domingo, 01/07no auditório do Círculo Católico de Pernambuco: Palestras das 8h30 às 12h00, com Coffee Break;

O palestrante será o Pe. Deomar Guedes, LC, Reitor do Seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil (São Paulo) e um grande conhecedor da Doutrina Social da Igreja. Ele fundamentará sua palestra na obra “As Três Cidades: O Conteúdo da Mensagem Social Cristã”, de Patrick de Laubier, que aborda os princípios e as fases do desenvolvimento da mensagem social cristã na história.

O investimento será de apenas R$ 15,00 por pessoa.

Espero poder contar com a presença de todos vocês neste importantíssimo evento em nossa cidade. E, se não for pedir demais, peço que divulguem o convite entre os seus amigos e conhecidos.

Aos que pretendem comparecer, peço que me retornem este e-mail confirmado a presença com os seguintes dados: Nome, Paróquia, Endereço e Telefone.

Para os que puderem pagar antecipadamente para ajudar na organização do evento, deixo a conta poupança abaixo:

Banco do Brasil
Ag: 3504-1
Conta Poupança: 19.393-3 Var: 01
Titular: Francisco Alves Sobrinho

Me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Em Cristo e Maria Santíssima,
José Claudemir Pacheco Júnior
Assistente da Seção de Senhores do Regnum Christi – Recife
(81) 8787-1229

Per Regnum Christi ad Gloriam Dei!

Segue a homilia do Padre Antoine, LC, sobre a Solenidade de Pentecostes – que celebraremos no próximo domingo. O texto foi publicado aqui. Recomendo que, antes de lerem, rezem ou cantem a belíssima invocação da Igreja ao Espírito Santo: Veni, Creator Spiritus! Escutem, vejam, saboreiem o canto em preparação para esse momento tão especial que o calendário litúrgico nos reserva.

Quem nunca teve a experiência de ser invadido com força pelo Espírito Santo dificilmente poderá entender o que experimentaram os Apóstolos no dia de Pentecostes. O que não foi conseguido depois de três anos com o Senhor, depois de serem testemunhas de Sua morte e Ressurreição, foi conseguido por este fogo divino que lhes encheu os corações, liberando-os do seu medo, dos bloqueios interiores e sobretudo de uma existência centrada sobre si mesmos.

Conta são Lucas que ouviram primeiro um rumor como uma forte rajada de vento, que encheu toda a casa, e depois viram línguas como de fogo, pousando-se sobre cada um deles. Invadiu-os uma alegria inimaginável e uma força ardente. Por momentos o céu inclinou-se para eles, dando-lhes a entender com mais nitidez o que significa viver em Deus.

Depois, sabemos o que ocorreu: “saturados” de Deus, sairam a anunciá-lo. Era quase mais forte que eles, como Jeremias, que até chegava a desejar não mais pronunciar oráculos de Iahweh, a causa da perseguição que padecia: “E eu dizia, “não voltarei a recordá-lo [Deus], nem já falarei em seu Nome”. Mas havia no meu coração algo parecido a um fogo ardente, aceso nos meus ossos, e ainda que eu tentasse afogá-lo, não podia”.

Depois de dois mil anos, esta experiência é ainda possível, ou pertence irremediavelmente aos tempos fundacionais da Igreja? É uma vivência que estamos condenados a contemplar, ou podemos também tomar parte dela? A minha experiência pessoal é esta: quem busca Pentecostes, encontrará Pentecostes e na medida em que o desejará.

Diversos elementos são necessários para que se produza esta experiência transformante, na qual Deus começa realmente a tomar as rédeas das nossas vidas, na qual sentimos que já deixamos de recolher nas nossas redes alguns peixes e que a pesca começa a ser miraculosa.

Em primeiro lugar, Cristo tem de ser realmente o centro das nossas vidas. O Espírito vem de Cristo. De facto, o Evangelho deste domingo mostra-nos claramente que Cristo sopra sobre os Apóstolos. É Ele também que lhes promete Pentecostes. Noto que, com certa frequência, podemos ter a impressão que damos o primeiro lugar a Deus, mas não sempre este sentimento é real. Inclusive pessoas que praticamente não pensam em Deus durante o dia, estão convencidos de que realmente lhe dão o primeiro lugar, simplesmente porque lhes parece que não fazem nada errado.

Então, como saber se Cristo é o nosso centro de gravidade? Normalmente quem ama a Cristo com todo o coração, dará uma clara prioridade à vida de oração durante o dia. “Mas não posso rezar enquanto trabalho!”, podemos objetar. Certamente não podemos sempre pensar em Deus quando trabalhamos, mas todo o nosso trabalho tem de ser uma oração, uma oferenda a Deus. Por outro lado, quem vive realmente da oração, buscará rezar o mais possível, viverá com este profundo desejo, porque entendeu que a oração é tão necessária à alma quanto o oxigênio ao corpo. Se pequenas orações não alimentam com frequência o nosso espírito, é muito fácil que os desejos e impulsos do mundo comecem a corroê-lo.

Se queremos que venha o Espírito com força divina transformadora, que nos leve onde as nossas forças humanas nunca poderão levantar-nos, não nos façamos ilusões, devemos seguir o exemplo dos apóstolos que nos dias imediatamente anteriores a Pentecostes “estavam continuamente no templo”, ou seja, e aplicando-o às nossas situações concretas, rezavam tudo o que podiam para que Ele viesse.

Há uma terceira condição fundamental, para além de colocar Cristo no centro da vida e de ter um hábito de oração realmente vigorosa: viver o abandono nas mãos de Deus. Ou seja, temos de começar a tomar seriamente em conta esta verdade evangélica: se nós nos ocuparmos das coisas de Deus, Ele se ocupará dos nossos problemas. Israel nunca foi a nenhum lado enquanto seguia o seu próprio juízo. A Bíblia não se cansa de repeti-lo.

Especialmente significativa neste sentido, é a guerra, narrada pela Bíblia, de Josafá contra um exército claramente superior de moabitas e amonitas. Quando os numerosos adversários estavam já aproximando-se da capital, o profeta recorda ao povo: “Prestai atenção, vós todos de Judá e habitantes de Jerusalém, e tu ó rei Josafá! Assim fala Iahweh: “não temais, não vos deixeis atemorizar diante desta imensa multidão; pois esta guerra não é vossa mas de Deus”. Então o próprio Josafá toma a palavra e exorta os seus súbditos: “Ouvi-me, Judá e habitantes de Jerusalém! Crede em Yahweh vosso Deus e estareis seguros; crede em seus profetas e sereis bem sucedidos”.

Mas Josafá não se limitou a proclamar a sua fé com os lábios. Abandonou-se completamente nas mãos de Deus, até ao ponto de designar cantores que marchariam diante dos guerreiros, louvando Yahweh. Ele era consciente de que o elemento decisivo para a vitória era a fé que se abandona nas mãos de Deus e a oração dos cantores. E, de facto, sem sequer terem necessidade de travar o combate, os inimigos tiveram que se retirar por uma providência especial de Deus. Assim vencem-se todas as batalhas no terreno espiritual, sabendo que o adversário é muito mais forte que nós, como nos recorda são Paulo: “Pois o nosso combate não é contra o sangue nem contra a carne, mas contra os Principados, contra as Autoridades, contra os Dominadores deste mundo de trevas, contra os Espíritos do Mal, que povoam as regiões celestiais. Por isso deveis vestir a armadura de Deus, para poderdes resistir no dia mau e sair firmes de todo combate”.

Quem se abandona nas mãos de Deus, faz um acto de fé extraordinário, mostra que realmente acredita que Deus é Deus, que Ele é um Pai bondoso, de confiança…E por isso o Espírito Santo derrama-se com abundância. Abandonar-se é fundamentalmente aceitar que Deus conduza a minha vida, aceitar que Ele tenha o volante da mesma. É um acto muito difícil, mas muito profundo e comprometedor, e por isso extraordinariamente potente do ponto de vista espiritual. É realmente difícil, é talvez até o que mais nos custa: retirar as nossas mãos que agarram tensamente o volante, deixando que o plano de Deus nos invada e guie os nossos passos. Então entra em plenitude a força de Deus, a nossa vida torna-se sobrenatural, as pessoas ao redor de nós começam a mudar, o poder de Deus vai espalhando-se sem limites porque finalmente Deus encontrou alguém em quem pode residir sem barreiras. Mas para chegar ao abandono e para abandonar-se cada dia, é preciso muita oração. Quem não vive imerso em Deus fatidicamente cairá na tentação de tomar de novo as rédeas, de sentir que tem a vida controlada, mais segura, porque ele mesmo a controla. Quando, na verdade, é exactamente o oposto que se produz.

Pensemos em Jonatá: ter-lhe-ia assaltado muitas vezes a tentação de pôr os guerreiros na frente de combate, de começar a actuar como se tudo dependesse dele. Ao fim de contas, nesta batalha estava em jogo a sua vida. Teve de rezar muito, de recordar muitas vezes que Deus é fiel, que Deus cumpre as suas promessas, que Deus existe realmente…

Esse é pois o caminho: que nada seja mais importante que Cristo, nada mais prioritário do que a oração e que a nossa vida seja um aceitar ser guiado por Cristo. A primeira comunidade cristã soube integrar muito bem estes elementos. Por isso Pentecostes foi realmente para ela uma revolução, uma força de irradiação que, logo na primeira pregação da história cristã, conseguiu 3 mil conversões!! Mas como dizíamos ao início, não o vejamos como um acontecimento exclusivo dos primeiros tempos. Seria um grave erro. “Farão obras maiores que as minhas”, diz Cristo no Evangelho. Isso aplica-se aos cristãos de todos os tempos, a todos os que querem lançar-se com seriedade e radicalidade na aventura cristã.

Há algum tempo conheci alguns homens a respeito dos quais a descrição mais veraz e significativa que eu poderia fazer se traduz na expressão “homens de verdade”. Pessoas que muito contribuíram – e contribuem – para a  minha formação humana e cristã. Pertencem a uma espécie rara de seres humanos que se destaca por  olhar nos olhos, dizer a verdade [ainda que doa algumas vezes], e demonstrar autêntico interesse pelo  outro. É preciso dizer que não são quaisquer homens: são sacerdotes; nasceram para as coisas do alto.  São Legionários de Cristo.

Neles encontrei sacerdotes zelosos, que celebram com a máxima dignidade os Santos Mistérios. Encontrei-os sempre sorridentes. A mim chamaram sempre pelo nome. Vi um deles ouvir confissões durante horas a fio evitando a todo custo dar sinais do seu compreensível cansaço. Vi-os rezar com devoção e piedade legítimas pelo Santo Padre. Muitas vezes pude vê-los tomar a defesa da Igreja de uma maneira apaixonada e apaixonante, como autênticos servos da Esposa de Cristo. Vi-os pregar com paixão.

Vi-os defender a Vida com unhas e dentes, denunciando com coragem a cultura da morte que ameaça instalar-se de vez na sociedade moderna. Vi-os lutar com bravura, em diversas frentes de batalha, contra os embustes preparados pelos sequazes de Satanás.

Vi-os motivar a vivência das virtudes, vi-os trabalhar de maneira incansável. Vi-os vigiar com Cristo, mesmo quando os olhos pesavam e o sono queria fazê-los sucumbir.

Vi-os rezar com confiança a Nossa Senhora, e também os vi abandonar-se nas mãos d’Ela como o Filho ensangüentado e morto que só no regaço de sua mãe encontra acolhida e consolo. Vi-os chorar em silêncio a dor dos ataques sofridos…

Vi-os de batina. Vi-os com aquelas camisas brancas [que a mim pareceram sempre engraçadas :)]. Vi-os revestirem-se do manto do silêncio para entrar nos átrios de Deus. Vi-os buscar refúgio sob o manto da Virgem de Guadalupe para proteger-se da frieza dos homens. Vi-os recorrer ao Imaculado Coração de Maria para chorar a dureza e a aspereza do coração humano.

Vi-os ensinar com a Igreja. Na sua pregação nunca vi nada de destoante nem de estranho ao Depositum Fidei. Não ensinam seus “achismos”, mas a Sã Doutrina por tantos desprezada.

E agora, vejo esta congregação a mim tão cara ser massacrada pelos inimigos da Igreja, pelos inúmeros inimigos da Cruz de Cristo. Vejo-os sendo atacados por uma legião de inimigos… Vejo-os serem acusados do que não fizeram. Vejo-os serem condenados pelos crimes mais horrendos – como se imoralidade fosse um mal congênito ou, quiçá,  genético. Desnecessário é dizer que os atos imorais e desonestos cometidos pelo Pe. Marcial Maciel, não são contagiosos. O pecado pessoal do padre fundador de modo algum se torna pecado “social” da congregação.

Bem, apenas quis desabafar. Quis dar um singelo testemunho de que estes homens, “feridos por Deus e humilhados”, transmitiram-me uma fé simples e sem manchas, uma esperança sem ilusões, e uma confiança absoluta na Providência Divina. Neles pude contemplar mais de perto o rosto da Caridade. E posso dizer que encantei-me com a beleza desse rosto.

E assim sigo eu, à sombra destes gigantes. Sigo contemplando – perplexo – o mistério da iniqüidade, mas sem jamais esquecer que, de fato, Deus escolheu depositar tesouros em vasos de barro… Tenho certeza que, ao longo deste penoso caminho rumo ao Reino de Cristo que decidi empreender, seguirei lembrando-me destes homens de verdade que um dia cruzaram meu caminho marcando-o para sempre com o sangue da cruz que carregam…

Ordenação de Legionários em Roma

O Pe. Alexandre Paciolli, Legionário de Cristo, foi brilhante nesta homilia: partindo do episódio da traição de Judas, padre Alexandre demonstrou que a postura dos católicos frente ao pecado de alguns sacerdotes [notadamente, perante o horrendo pecado da pedofilia] deve ser a de concentrar-se “nos onze que foram fiéis, e não no único que traiu”. “O rosto autêntico da Igreja é a santidade”, disse ele. Com exemplos da vida de São Francisco de Sales e de São Francisco de Assis, padre Paciolli mostrou que convém conservar o devido respeito aos eleitos de Deus, rezando sempre por sua fidelidade. Assim agiram os santos. Na homilia, ele também combate a visão distorcida com que a imprensa apresenta alguns fatos à população. Não deixem de assistir às duas partes: é realmente uma pregação boa e necessária de se ouvir.

I – Blog: um meio para aproximações e encontros

 

A internet realmente proporciona coisas maravilhosas.  Recentemente, entrou em contato comigo o Anderson Reis, fundador da Comunidade Católica Escravos de Maria [vejam aqui a comunidade que eles têm no Orkut]. Ele me conheceu através do blog e propôs que nos encontrássemos – já que ele viria de São Paulo a Pernambuco para pregar um retiro. Topei a ideia e, assim, o encontro aconteceu. Conversamos, trocamos presente, rezamos e adoramos o Santíssimo Sacramento na simpática e acolhedora Capela de uma das casas da Obra de Maria. Gilberto Gomes Barbosa, fundador da Obra, também se fez presente e nos acolheu com alegria e muita hospitalidade. Este encontro me trouxe uma grande satisfação por saber que o gérmen desta aproximação entre mim e Anderson se deu a partir deste veículo de comunicação, o blog. Quam bonum est et jucundum, habitare fratres in unum!

 

II – “Bem aventurados os misericordiosos”

 

O Padre Álvaro Corcuera, L.C., diretor geral dos Legionários de Cristo e do Movimento Regnum Christi, escreveu – por ocasião da Quaresma de 2010 – uma carta aos membros e amigos do Movimento. No último dia de Cristo Rei, também postei aqui uma carta lavrada pela pena de Pe. Álvaro. Naquela ocasião, eu dizia que “embora dirigida a um grupo específico, penso que a carta seja de grande utilidade a todos”.  Penso o mesmo desta sua alocução sobre a Quaresma: serve aos católicos em geral [afinal, ele apresenta uma doutrina e uma espiritualidade que, antes de tudo, são genuinamente católicas]. Ao discorrer sobre uma das bem-aventuranças [“Bem aventurados os misericordiosos”], o Superior da Legião de Cristo propõe [e o faz com maestria] uma meditação sobre um tema apropriadíssimo a este tempo de conversão e penitência que vivemos: a Misericórdia. A carta encontra-se disponível neste link.

 

III – “Tolices beato-marxistas”

 

O Percival Puggina escreveu um artigo sobre a Campanha da Fraternidade. Jorge Ferraz, mencionando o texto do Puggina, destacou: “Perdoem-me os mais benevolentes que eu. Mas ano após ano, servindo-nos sempre um pouco mais do mesmo lero-lero beato-marxista e um pouco menos da palavra de Deus, a CNBB já foi bem além da minha capacidade de tolerância. Ao longo dos anos, foi perfeitamente possível encontrar impressões digitais e carimbos das suas pastorais sociais em documentos que deixavam claro que o Reino de Deus tinha partido político na Terra. Ou não?”. Sem comentários…

Cristo Rei do Universo

Cristo Rei do Universo

               Hoje a Igreja celebra a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo – Rei do Universo. O Diretor Geral do Movimento Regnum Christi – Pe. Álvaro Corcuera, LC –  escreveu, então, uma carta aos membros de Movimento. Embora dirigida a um grupo específico, penso que a carta seja de grande utilidade a todos aqueles que – de um modo ou de outro – contribuem para que o Reino de Cristo se estenda por toda a terra. Avante, caríssimos! Viva Cristo Rei!

 

P. Álvaro Corcuera, L.C.: En la Iglesia y para la Iglesia

 

 

El P. Álvaro Corcuera, L.C., director general de la Legión de Cristo y del Regnum Christi, nos presenta la siguiente carta con motivo de la solemnidad litúrgica de Cristo Rey, fecha en que el Movimiento celebra también el día del Regnum Christi. A carta segue no original [em espanhol] para proveito espiritual de todos.

 

¡Venga tu Reino!

 

Roma, 20 de noviembre de 2009

A los miembros y a los amigos del Regnum Christi

con ocasión de la solemnidad de Cristo Rey

Muy estimados en Jesucristo:

 

Como ya es tradición en el Regnum Christi, aprovecho esta oportunidad para hacerme presente en medio de ustedes y sus familias en esta solemnidad, en la que buscamos proclamar que Cristo es verdaderamente rey de nuestras vidas y de nuestros hogares. Es hermoso ver en cada lugar con cuánta generosidad cada uno de ustedes se entrega a la misión de hacer crecer este reino de Cristo.

Frecuentemente repetimos a Dios, desde el fondo de nuestro corazón, la invocación «¡Venga tu Reino!» Lo pedimos porque sabemos que es un don de Dios, más que un objetivo que podamos alcanzar por nuestras propias fuerzas. Es algo que nos supera, pero también somos conscientes de que Él ha querido contar con nuestra colaboración y ha formado su Iglesia, germen y comienzo de  su Reino en la tierra, como instrumento y camino para lograr este anhelo de su amor (cf. Lumen gentium, n. 5; Catecismo de la Iglesia católica, nn. 768-769). Es en este marco donde tiene sentido nuestra existencia y nuestra misión como miembros del Regnum Christi.

El reinado de Cristo no es una realidad abstracta o que se quede en las nubes. Decía Juan Pablo II que «la Iglesia está efectiva y concretamente al servicio del Reino. Lo está, ante todo, mediante el anuncio que llama a la conversión; éste es el primer y fundamental servicio a la venida del Reino en las personas y en la sociedad humana» (Redemptoris missio, n. 20). Si Cristo nos está llamando a instaurar su Reino en esta tierra, podemos preguntarnos dónde y cómo tenemos que hacerlo. Ya sabemos que el lugar por el cual debemos comenzar es por nuestra propia vida: lograr que Cristo reine en nuestro corazón. A fin de cuentas, este Reino es Cristo mismo que se hace presente en medio de los hombres. No es algo que nosotros hacemos sino una realidad ya presente a la cual nos abrimos.

Pero el señorío de Cristo no debe quedar reducido a nuestro corazón. Los cristianos estamos llamados a ser verdaderas antorchas del amor de Cristo que transmitan a cada ser humano la luz de la fe y de la esperanza que Él nos ha regalado. «Instaurar el Reino de Cristo», por tanto, debe significar para cada uno de nosotros ayudar a quienes están a nuestro lado a que se abran a Cristo y dejen obrar a su gracia. El mejor apostolado consistirá en imitarlo a Él y permitir que tome posesión de nuestros pensamientos, palabras y obras. Necesitamos pedir el don de ver todos los acontecimientos desde Él y de hablar siempre con sus palabras, como nos enseña san Pablo: «lo que digáis sea bueno, constructivo y oportuno» (Ef 4, 29); que todas nuestras obras sean gotas de amor que llenen de paz al prójimo: «sed buenos, comprensivos, perdonándoos unos a otros como Dios os perdonó en Cristo» (Ef 4, 32); que seamos instrumentos del amor de Dios a los hombres, porque «Dios es amor» (1Jn 4, 8).

Queremos vivir esta fecha con espíritu de reparación y de humildad, unidos a Cristo Rey, que es rico en misericordia. Quiero aprovechar esta carta para pedir nuevamente sincero perdón a todas las personas que hayan sufrido o estén sufriendo por los hechos tan dolorosos que hemos vivido. Dios nos invita a vivir este período intensificando la vida de oración, los actos de caridad y el espíritu de penitencia, para unirnos más a Jesucristo y a nuestros hermanos los hombres.

Nos dice el Manual del Miembro del Regnum Christi que la única razón de ser del Movimiento «estriba en servir a la Iglesia y a sus Pastores, y, desde la Iglesia y a partir de la misión sobrenatural y humana de la Iglesia, servir a los hombres» (n. 11). Y más adelante nos recuerda: «Nuestro servicio a la Iglesia y a la sociedad consiste en formar apóstoles que construyan la civilización de la justicia y el amor cristianos» (n. 42). Todos nuestros apostolados, todas nuestras actividades, toda nuestra vida debe estar orientada a este servicio. Si perdemos de vista este aspecto, estaríamos perdiendo la orientación fundamental que debe tener el Movimiento Regnum Christi. Queremos continuar y contemplar agradecidos la acción de Cristo en la Iglesia. San Juan Eudes escribía: «Por esto San Pablo dice que Cristo halla su plenitud en la Iglesia y que todos nosotros contribuimos a su edificación y a la medida de Cristo en su plenitud» (Del tratado de San Juan Eudes, sobre el reino de Jesús. Parte 3,4: Opera omnia 1). De esta manera vamos completando en nuestra carne lo que le falta a la Pasión de Cristo en su cuerpo, que es la Iglesia.

La Iglesia, cuerpo místico de Cristo, es uno de los amores fundamentales del miembro del Movimiento (cf. MMRC nn. 79-87). Este amor deriva de nuestro amor a Cristo. San Pablo nos enseña que «Cristo amó  a la Iglesia y se entregó a sí mismo por ella» (Ef 5, 26). Del mismo modo nosotros estamos llamados a profesar y testimoniar con nuestro actuar un amor semejante por ella. Gracias a Dios, la Legión de Cristo y el Regnum Christi pueden ofrecer ya muchas actividades y apostolados que buscan servir a nuestra Madre, pero sobre todo sus miembros se esfuerzan por servirla con su propio testimonio, su tiempo y sus talentos, de forma desinteresada. Sabemos que en todo momento somos instrumentos, canales, puentes para que los demás lleguen a Él. Dios nos invita a seguirlo por el camino de la humildad y de la pureza de intención, imitando con su gracia el testimonio de San Juan Bautista: «conviene que Él crezca, y yo disminuya» (Jn 3, 30).

Los invito a que en este año sacerdotal, cada miembro del Regnum Christi destaque por su sentido de Iglesia. Se puede decir que aquí encontramos nuestra definición como cristianos comprometidos al servicio de Cristo. Cuánto bien podemos realizar poniendo todo nuestro empeño e iniciativa apostólica al servicio de la comunidad eclesial local, de acuerdo con las directrices de los obispos y párrocos (cf. MMRC nn. 83 y 443).

Que todos nuestros esfuerzos estén orientados a la transformación de los corazones; a que las almas vuelvan a Cristo y a su Cuerpo Místico por medio de los sacramentos. El miembro del Movimiento se debe a la Iglesia y su apostolado debe consistir en edificarla para que pueda abrazar a más personas: «Por la Iglesia y en la Iglesia recibimos la fe en Cristo, los sacramentos que nos comunican la gracia, y la plena verdad sobre Dios y sobre sus designios de salvación. Cristo mismo se nos da por medio de la Iglesia» (MMRC n. 152).

Lo fundamental es, como seguramente hemos hablado con Jesucristo en el Sagrario, adquirir una confianza ilimitada en Dios ante una misión tan grande y tan hermosa. No estamos solos. Nos llena de esperanza leer las palabras que Dios dirigió a muchos de sus elegidos y enviados para preparar su Reino; saber que Dios está con nosotros, como estuvo con Abraham (cf. Gn 21, 22), con Isaac (cf. Gn 26, 24), con Jacob (cf. Gn 28, 15), con Moisés (cf. Ex 3, 12), con Josué (cf. Jos 1, 5), con Gedeón (cf. Jc 6, 16). Así se lo aseguró también al rey David (cf. 1R 11, 38), al profeta Isaías (cf. Is 41, 10), a Jeremías (cf. Jr 1, 8). Todos ellos eran hombres, conscientes de sus propias limitaciones y de su condición humana. Sin embargo, supieron abrir su corazón a la acción de Dios. Recibieron una vocación que humanamente hablando los superaba, y procedieron siempre con la seguridad de que todo provenía de Dios. Así también nosotros descubrimos que Cristo es el Amigo fiel de nuestras almas. Nos acompaña siempre y nos dirige como palabra viva la promesa que hizo a sus apóstoles tras su Resurrección: «Yo estaré con vosotros día tras día, hasta el fin del mundo» (Mt 28, 20). Cristo siempre nos sorprenderá con su bondad infinita, y ahí, en nuestra condición humana, Él realizará los milagros de su amor.

No estamos solos porque Él nunca nos deja. No estamos solos porque el Regnum Christi no es una realidad aislada. Somos parte de la gran familia de Dios en la que la variedad y belleza de estos caminos nos enriquece y nos alienta a todos. Nuestro movimiento es sólo una de tantas realidades que Dios ha suscitado en la Iglesia, como camino que nos ayuda a vivir nuestro compromiso bautismal. Y así como valoramos mucho y agradecemos a Dios la riqueza del carisma que nos ha regalado para ponerlo al servicio de la Iglesia, apreciamos también como un don de Dios a las demás fuerzas vivas de la Iglesia, en las que contemplamos tan claramente la acción continua del Espíritu Santo. No estamos solos porque contamos con la guía de nuestros pastores, los obispos, que son verdaderos padres que Cristo nos da, como sucesores de sus Apóstoles, para enseñarnos, gobernarnos y santificarnos. Nos sostiene el ejemplo y la ayuda de muchos sacerdotes santos y el testimonio de muchos hermanos en la fe, con quienes formamos la comunidad de los creyentes.

Sigamos rezando unos por otros para que vivamos cada día amando más a nuestra Iglesia Católica y a todas las personas que constituyen su cuerpo. Gracias de corazón por su entrega generosa y desinteresada al servicio del Reino de Cristo; estoy seguro de que Dios no es indiferente a lo que todos ustedes hacen cada día por anunciar el Evangelio. En este día de Cristo Rey nos encomendamos también de modo especial a María, espejo de la Iglesia, para que contemplándola a ella, comprendamos la grandeza de nuestra vocación. Que, como en Caná, nuestra vida consista en «hacer lo que Él nos diga» (cf. Jn 2, 5).

Quedo de ustedes, afmo. en Cristo,

Álvaro Corcuera, L.C.