[Após um São João espetacular na Capital Mundial do Forró, Caruaru, volto à minha terra e à esta nossa arena virtual!]

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Sem muita surpresa, li neste site algumas pinceladas sobre como foi a mais recente Parada Gay na cidade de São Paulo. Antes mesmo de ela acontecer, eu já havia feito algumas críticas aqui com relação à temática escolhida para a Parada. A organização do evento utilizou “170 cartazes distribuídos em postes com 12 modelos masculinos seminus com a mensagem: ‘Nem Santo Te Protege’ e ‘Use Camisinha'”.  A matéria diz, ainda:

O cardeal D. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, classificou o uso das imagens como “ofensivo, debochado e desrespeitoso” e que “ofende profundamente o sentimento da Igreja Católica”.

“Isso ofende profundamente, fere os sentimentos religiosos do povo. O uso debochado da imagem dos santos é ofensivo e desrespeitoso que nós desaprovamos”, disse ele na entrevista da Globo.

Embora o Cardeal Scherer tenha se pronunciado, lamentavelmente não houve por parte da CNBB uma declaração de repúdio (ou coisa que o valha) a despeito dos ultrajes perpetrados pelos gayzistas. E talvez ela nem se pronuncie. Sobre o código florestal, porém, já há uma nota oficial no site da conferência…  Sem comentários.

Enquanto isso, o Júlio Severo divulgou um vídeo produzido pelo Gay Mor do Brasil, Luiz Mott. Neste vídeo – que, em virtude das imagens profundamente indecentes eu não tive coragem de reproduzir aqui, mas que pode ser acessado clicando neste link do youtube -, Mott aparece ao lado da estátua de um menino completamente nu e começa a discorrer sobre as funções e a utilidade dos museus eróticos (!). Tenho que concordar com o Júlio: diante desse vídeo (e de outros textos escritos pela pena do decano do movimento gayzista) é difícil acreditar que esse sujeito não é, além de gay, pedófilo.

E, por falar em pedofilia, a mídia está tentando manipular as declarações legítimas e verdadeiras da deputada Myrian Rios. O Portal Terra enunciou: “Em vídeo, Myrian Rios diz que babá poderia ser pedófila”. A deputada discursou na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sobre a PEC 23, dizendo:

“Digamos que eu tenha duas meninas em casa e contrate uma babá que mostra que sua orientação sexual é ser lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. Vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas. E eu não vou poder fazer nada”.

“Se eu contrato um motorista homossexual, e ele tentar, de uma maneira ou outra, bolinar meu filho, eu não posso demiti-lo. Eu quero a lei para demitir, sim, para mostrar que minha orientação sexual é outra”.

“Não sou preconceituosa e não discrimino, mas preciso ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente.”

Ora, do ponto de vista lógico, dizer que um homossexual **pode** ser também um pedófilo, não significa dizer que ele o **é** efetivamente. Portanto, da mesma forma que qualquer heterossexual é, **em potência**, um pedófilo (já que é teoricamente capaz de cometer um ato de pedofilia), assim também um homossexual tem a **possibilidade** de cometer tais ilícitos. Se considerarmos que o homossexualismo é um comportamento doentio – porque trai a natureza -, e que está profundamente enraizado em questões de ordem psicológica, com muito mais razão se poderia afirmar que alguém que já adquiriu um grave distúrbio (o do homossexualismo) poderia desenvolver uma outra patologia (a pedofilia). Está, portanto, certíssima a deputada. Não passa de alarde sem causa o que alguns meios de comunicação estão fazendo com as declarações dadas pela mesma.

 

Vídeo bem antigo, com um áudio horrível, mas ainda assim interessante. TFP, Rede Globo, D. Antônio de Castro Mayer, fanatismo, anti-catolicismo midiático, poder, comunismo, etc. Tudo junto em uma só matéria confusa e intrigante. Assistam!

Cheguei há pouco do cinema da Fundação Joaquim Nabuco.  Fui assistir a “Homens e Deuses” (no original francês: “Des hommes et des dieux”, de Xavier Beauvois), um filme da academia francesa que me foi recomendado por muitos amigos – de cujo bom gosto, eu não tenho dúvidas -, e que tem recebido elogios mil por parte de “cinéfilos profissionais”. Não tenham receiam de ler este post porque eu não pretendo ser desagradável contando o final do filme, nem quaisquer detalhes que lhes furtem a emoção causada pela surpresa 😉 Ninguém merece um comentarista “dedo-duro”.

Em linhas gerais, posso dizer que o filme é espetacular. Trata da vida de um grupo de monges cistercienses de origem francesa em um vilarejo da Argélia. Estes religiosos são obrigados – pela situação política e militar da região – a conviver com a violência perpetrada por terroristas muçulmanos, e combatida de modo também violento pelo exército argelino. Antes que alguém pergunte: sim, o filme é baseado em fatos reais.

É interessante notar, desde o início do filme, como o papel deste pequeno grupo de homens (apenas 8!) foi importante para aquela vila da Argélia. Perseguidos por governistas e por terroristas, estes homens contavam apenas com um apoio e com um estímulo: o apoio vinha de Deus; e o estímulo, do povo – muçulmano! – que já não mais se imaginava sem a companhia e a colaboração que aqueles homens de hábito prestavam aos que deles necessitavam. O povo, apesar de não professar a mesma fé que eles, os queria por perto. Afinal, eles haviam ajudado a construir aquele vilarejo. Ao perceber isto em determinada cena do filme, lembrei-me imediatamente do trabalho do Dr. Thomas E. Woods, que mostra como a Igreja construiu a civilização ocidental moderna. Ouso ir além do trabalho do Dr. Thomas, dizendo que sim, ainda hoje, a Igreja continua a construir civilizações. E embora haja críticas ácidas por parte daqueles que estão fora da Igreja (e que, nas mais das vezes, nada fazem em prol de quem quer que seja), as pessoas simples – reais beneficiárias da ação da Igreja – reconhecem o quanto o trabalho dos cristãos é importante, valioso e, nalguns casos, insubstituível. Como diz a célebre Carta a Diogneto, “o que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo”.

Ao contrário do que se pode pensar em um primeiro momento, a película não enseja dar aos monges um aspecto de “santos de altar”: eles são apresentados com os seus medos, as suas dificuldades, as suas dúvidas e impaciências. Os monges aparecem exercendo aquela santidade na vida cotidiana, da qual tanto falou São Josemaria Escrivá. Em meio às tarefas de cada dia (como arar a terra, semear, coletar mel das abelhas, ir à feira, rezar juntos, etc) podia-se vislumbra a vida simples – mas jamais medíocre! -, e profundamente evangélica, que estes homens levaram. Gostei particularmente disso: o que se retratou em “Homens e Deuses” não foi uma visão romantizada do martírio, não foi uma santidade de panegíricos, não foi um heroísmo fabricado. Não. O realismo desta obra não é poético, não é artístico, não é fictício. É apenas transparente, desiludido, sincero.

Antes que os “vigilantes do preconceito” me inquiram, digo logo:  não há neste filme nenhum vestígio de preconceito para com o Islã. Deixa-se claro, por uma questão de justiça, que a brutalidade de alguns atos decorre dos excessos cometidos por alguns muçulmanos. Fica igualmente evidente, contudo, que estes ‘alguns’, lamentavelmente, conseguem causar danos enormes.

Ademais, como não falar que salta aos olhos a noção de fraternidade destes monges! A unidade deles na oração, a busca pelo silêncio [e pela companhia dos irmãos, quando acham por bem buscá-la], a intimidade com Deus, o bom humor apesar das dificuldades, a coragem, a fidelidade, o dom de si: tudo isso eles vivenciam com uma naturalidade admirável. Em alguns momentos tiveram que tomar decisões difíceis, é verdade. Mas a lucidez das opções que fizeram era fruto da luz de Cristo – que neles resplandecia de maneira particularíssima. Também isto chama a atenção no filme.

Bem, talvez eu já tenha falado demais. Por isso vou encerrando por aqui. Os que tiverem a oportunidade de assistir a este filme, façam-no sem demora e sem receio. Aqueles que não puderem vê-lo na tela grande das salas de cinema, onde ele ainda esteja sendo exibido, busquem por outros meios ter acesso a esta magnífica obra da sétima arte. Aos que estão em Recife, sugiro que confiram os horários das sessões no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco clicando aqui. O filme, só para lhes motivar mais a assistir, ganhou o Prêmio do Júri Ecumênico do Festival de Cannes, em 2010 🙂

Como eu já havia replicado aqui, o IPCO organizou uma palestra com o bispo de Guarulhos, S. Excª Revmª, D. Luiz Gonzaga Bergonzini, sobre “a cultura da vida contra a cultura da morte”. A palestra aconteceu no Colégio e Faculdade São Bento, em São Paulo, e foi transmitida ao vivo pela internet. A qualidade do trabalho feito pelo pessoal do IPCO no que tange à transmissão ao vivo pela internet é digna de menção: realmente excelente!

Um amigo me indicou o link do Justin.tv – através do qual pude assistir à palestra e ainda participar de um chat direto com a equipe que fez a cobertura do evento. Foi desse chat que surgiram algumas das perguntas feitas a D. Bergonzini ao final do seu pronunciamento.

A palestra estava marcada para iniciar às 19h30min. Entretanto, eu só comecei a assistir às 19h50min. Com um sotaque paulista bem carregado, mas com voz firme e clara, o Leão de Guarulhos fez uma magnífica alocução, da qual penso que valha realmente à pena ressaltar alguns pontos.

Antes de mais nada, registre-se que alguns nomes de relevo no panorama da defesa da vida e da família no Brasil estavam presentes à palestra de D. Bergonzini: a Drª Alice Teixeira, médica, doutora em biologia molecular, e professora do Departamento de Biofísica na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); o coronel e deputado federal pelo estado de São Paulo, Paes de Lira; o professor Felipe Néri, um dos diretores do Colégio e Faculdade  São Bento e ativista pró-vida; e muitos outros nomes importantes que têm se empenhado em talhar a cultura da vida no Brasil em oposição à cultura da morte que tenta se instalar no seio da nossa sociedade. Alguns movimentos, comunidades e outros organismos da Igreja também se fizeram presentes no evento. A Comunidade Católica Greco-Melquita Theotokos, por exemplo, estava lá; assim como – é óbvio – representantes do Instituto Plínio Correia de Oliveira e do Movimento Brasil sem Aborto. Diversos seminaristas, padres e religiosos também marcaram presença.

Após uma breve reflexão sobre o “dar a César, o que é de César; e a Deus, o que é de Deus” (cf.) – passagem que foi tema do apelo que o insigne prelado dirigiu aos padres, religiosos e fiéis da diocese de Guarulhos, quando das eleições presidenciais de 2010 – D. Bergonzini fez uma importante reflexão sobre o sentido da política. Ele recordou que o conceito de “política”, em si mesmo, está vinculado à “promoção do bem comum”. Este é o sentido autêntico de “fazer política”. Isto, porém – recordou ele – nada tem a ver com política partidária, a qual almeja simplesmente o bem do partido por meio da divulgação de suas ideias e defesa de seus interesses. Com voz firme, falou: “Como cidadão, tenho o direito de fazer política. Como bispo, tenho o dever de fazer política. O chefe do nosso partido é Jesus Cristo e a nossa lei é o Evangelho!”.

Um pouco de leve, o bispo teceu críticas à presidente Dilma Rousseff a qual, no interregno de tempo entre o primeiro e o segundo turnos das eleições de 2010, esteve na Basílica de Aparecida mas não soube fazer direito o sinal da cruz, nem muito menos rezar com o terço que lhe fora dado… Justas e merecidas as críticas do bispo a alguém que por pura manobra política tentou pateticamente manifestar uma religiosidade que nunca teve, nem tem.

O bispo tratou ainda de estupro, excomunhão decorrente de realização, participação ou colaboração com a prática do aborto, bem como de uma porção de temas correlatos e transversais a estes assuntos. Muito oportuna foi a distinção por ele feita entre “gravidez indesejada” (aquela que é decorrente de uma relação sexual não consentida por uma das partes) e “gravidez inesperada” (decorrente de uma relação sexual consentida, mas inconseqüente, isto é, uma relação na qual o prazer era a finalidade única e absoluta, de modo que negligenciou-se os efeitos naturais que podem decorrer do ato sexual). O bispo apresentou uma estatística segundo a qual 80% das mulheres estupradas que engravidam não desejam abortar.

Recordando o recolhimento ilegal dos folhetos assinados pelos bispos do regional Sul 1 da CNBB por ocasião das eleições presidenciais do ano passado. D. Bergonzini disse: “Se eu não tivesse colocado o nome da Dilma, [os folhetos] não teriam surtido o efeito que surtiram. É preciso mostrar onde está a verdade e onde está o erro. Por isso resolvi dar nome aos bois”. Reafirmando a declaração que já havia feito na entrevista  concedida à Valor Econômico [a qual foi publicada no Fratres in Unum] D. Bergonizini afirma categoricamente: “não tenho partido político”.

Falando em CNBB, para a infelicidade de alguns colegialistas-corporativistas-ceenebebistas, D. Luiz Gonzaga reiterou que o múnus de ensinar [que compete, de maneira especial e mais grave aos bispos em particular] implica lecionar para os fieis não apenas a fé, mas tudo aquilo que se relaciona com ela: “A CNBB não tem autoridade sobre um bispo diocesano”, disse ele, ajuntando que ela é apenas um órgão subsidiário de consulta e esclarecimentos. Lamentou que alguns presbíteros, religiosos, e mesmo irmãos no episcopado não concordem com “opinião” dele. E, com franqueza, admitiu não saber o que tais pessoas dirão a Deus a este respeito no dia do Juízo… Para o ódio dos relativistas, S. Excª. disse: “Politicamente correto é ‘sim, sim; não, não’. Não existem meias-verdades, como não existe algo que seja branco e preto ao mesmo tempo”.

Terminada a alocução de D. Bergonzini, abriu-se espaço para as perguntas que os presentes haviam feito e entregue à organização do evento. Também os internautas puderam elaborar questões e enviar via chat para o bispo responder. Não fiz nenhuma pergunta. Mas mandei uma mensagem de apoio representando os fieis da arquidiocese de Olinda e Recife a manifestando a nossa proximidade a este tão grande sucessor dos apóstolos. A breve mensagem foi lida e os aplausos soaram no auditório quando lido o nome de D. José Cardoso Sobrinho, arcebispo emérito da nossa arquidiocese e ardoroso defensor da Vida.

D. Bergonzini respondeu à perguntas sobre o PLC 122/06, sobre o laicismo do Estado e sobre uma série de temas complexos que, doa a quem doer, precisam ser abordados uma vez que estão “no olho do furacão” em termos de defesa da vida e da família no Brasil. O prelado esquivou-se, muito prudentemente, de entrar em detalhes sobre a omissão da CNBB em algumas discussões de relevo no plano nacional.

A palestra encerrou-se com a ave-maria e a benção dada por S. Excª Revmª D. Luiz Gonzaga Bergonzini. Após isso, todos [exceto nós, que estávamos do lado de cá da tela] participaram de um coffee breake oferecido pela organização do evento.

p.s.: Em breve,quando o vídeo estiver no Youtube, farei questão de reproduzi-lo aqui na íntegra.

 

Aproveitando que o presidente do Pró-vida  de Anápolis, Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, está em Recife, trago um artigo de sua autoria – recentemente publicado na página da associação na internet – que eu vi no Sou conservador sim, e daí?

 

PDC 224/11: uma medida extrema
(a tentativa do Congresso de sustar a “união homossexual” do STF)

 

Diante da decisão inaudita do Supremo Tribunal Federal de reformar a Constituição a fim de reconhecer a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo (05/05/2011), o jurista Ives Gandra da Silva Martins propõe uma solução:

 Se o Congresso Nacional tivesse coragem, poderia anular tal decisão, baseado no artigo 49, inciso XI, da CF, que lhe permite sustar qualquer invasão de seus poderes por outro poder, contando, inclusive, com a garantia das Forças Armadas (artigo 142 “caput”) para garantir-se nas funções usurpadas, se solicitar esse auxílio[1].

 De fato, diz a Constituição Federal que “é da competência exclusiva do Congresso Nacional zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes” (art. 49, XI, CF). Quando o Executivo invadir a competência do Congresso, cabe a este “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa” (art. 49, V, CF), o que se faz por um decreto legislativo. A Carta Magna não fala explicitamente da sustação de atos do Poder Judiciário, mas é possível uma interpretação analógica.

O deputado João Campos (PSDB/GO) levou a sério a sugestão e apresentou em 25/05/2011 o Projeto de Decreto Legislativo 224 de 2011 (PDC 224/2011) que “susta a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, que reconhece a entidade familiar da união entre pessoas do mesmo sexo”. Ao todo, 51 deputados  assinaram a proposição.

Lamentavelmente, em 07/06/2011, o presidente da Câmara Marco Maia (PT/RS) devolveu a proposição ao autor por considerá-la “evidentemente inconstitucional”[2]. Dessa decisão, cabe, porém, um recurso ao plenário. Podemos usar o Disque Câmara (0800 619 619) para solicitar aos deputados de nosso Estado que apoiem o PDC 224/2011.

Anápolis, 13 de junho de 2011.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis.


[1] http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2011/05/18/a-corte-constitucional-francesa-e-o-homossexualismo/

[2] Art. 137, § 1º, II, b, Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

 

Saiu uma matéria no Repórter de Cristo, ontem [16], sobre duas pastoras protestantes, lésbicas, que pretendem ir à Parada Gay que acontecerá no fim deste mês, em São Paulo.  Percebam: não fosse a esperança uma característica peculiaríssima dos cristãos, poder-se-ia dizer que, de fato, “o mundo está perdido”…  Heresia, sodomia e hipocrisia: tudo junto em um par de mulheres.

As “pastoras” chamam-se Lanna Holder e Rosania Rocha. Poucas coisas são tão engraçadas quanto ver a tal Lanna Holder pregando sobre o nepotismo dentro das próprias seitas protestantes: o vídeo postado no youtube é, simplesmente, cômico. O site dela não fica atrás: lá vendem-se CD’s, DVD’s e… canecas do ministério!

Mas, não obstante a existência e atuação dessa “pastora” e da sua “companheira” possa parecer hilária, há algo de muito triste nisso tudo: o fato de algumas pessoas prostituírem a verdade para fazer da religião uma atividade mercantil é simplesmente lastimável. É deprimente que os interesses egoístas de uma pessoa levem-na não apenas a mergulhar de cabeça no erro e no pecado, mas também a induzir e conduzir outras tantas almas ingênuas consigo. Quando vemos essas duas figuras afirmarem que a homossexualidade “não é opção, é definitivamente uma orientação” dá raiva. A covardia que fez com que elas se curvassem aos seus desejos, agora as impulsiona a admitir a inclinação pecaminosa que têm como sendo um imperativo da natureza.

É triste ver pessoas carentes de atenção serem atraídas à igreja-loja dessa dupla. É deplorável que as consciências estejam a tal ponto adormecidas que não se perceba mais a gravidade de afrontar à lei de Deus. É de fazer chorar e tremer o fato de que o dom do temor de Deus está rarefeito na nossa sociedade: não porque Deus não o queira conceder, mas por que as pessoas não estão dispostos a recebê-lo.

Se for verdade que famílias frequentam a Comunidade Cidade de Refúgio [a igrejola fundada pela dupla de lésbicas], é indignante que certos pais tenham tenham sido atingidos pela cultura gayzista em tal medida que já não sabem mais discernir quais valores e princípios devem ser transmitidos aos seus filhos. Aviltando a sua própria dignidade de famílias, esses pais acabam comprometendo a formação de seus filhos e confundindo a cabeça de seus próprios pupilos [dado que em casa as crianças veem os pais, heterossexuais, e na  “igreja” veem os pares de gays postos em condição de igualdade].

Lamentável é que em duas semanas o público frequentador dessa igreja tenha mais dobrado (!). Mas, como diria, o saudoso papa Leão XIII: rerum novarum cupidi [a sede de inovações]… Rezemos!

Há algum tempo eu acompanho o trabalho do Padre Paulo Ricardo assistindo tanto ao Parresía quanto ao Resposta Católica, no site dele. O Parresía desta semana, contudo, chamou-se mais atenção que o de costume: ao relembrar que a obra “Igreja, carisma e poder”, de autoria do então frei Leonardo Boff, faz 30 anos neste ano, Pe. Paulo denunciou a existência de um poder paralelo dentro da Igreja. Este poder é desempenhado, sobretudo, por pessoas com mentalidade revolucionária e marxista infiltradas na Igreja para destruí-la. Acho que o vídeo merece ampla divulgação porque não se trata de denuncismo, mas de profetismo. Não se trata de uma opinião vaga mas de um parecer fundamentado na realidade. O povo católico precisa saber que nem tudo o que reluz é ouro. É preciso dizer às claras que muitos daqueles que vivem com um discurso democrático, socializador e anti-hierárquico nos lábios, são na verdade verdadeiros opressores, ditadores sedentos de poder.