Chegou ao meu conhecimento que o Padre Fábio de Melo recomendou no programa Direção Espiritual, exibido pela Canção Nova, a leitura do teólogo Andrés Torres Queiruga. Bem, eu não assisti ao programa e espero, de todo coração, que essa recomendação não tenha sido feita. Mas, para o caso de esta desgraça ter acontecido, e tendo em vista o bem das almas, obrigo-me em consciência a dizer: Queiruga é um teólogo nada ortodoxo… Encontrei na internet uma sinopse de um de seus livros [que, embora não tenha sido escrita por ele, é óbvio, reflete bem o teor das suas maluquices]. Vejam [grifos nossos]:
“Repensar a Ressurreição” é um destes livros polêmicos que visam mostrar outra forma de se pensar e viver o cristianismo. O Livro aborda a questão da ressurreição de Cristo, mas não da forma clássica como o cristianismo vêm afirmando ao longo dos séculos. Para Queiruga, Cristo ressuscitou sim, mas não de corpo e, sim em espírito. Segundo ele, basta um olhar crítico sobre as Escrituras para se perceber isso. O Livro, certamente, foi motivado pela suposta descoberta de um túmulo contendo o corpo de Jesus. De acordo com Queiruga em “Repensar a Ressurreição”, encontrar a tumba com o corpo de Cristo em nada atrapalharia a o cristianismo, uma vez que Cristo não ressuscitou, necessariamente, de corpo, mas tão somente em alma. O livro é polêmico e sofreu severas críticas da Igreja oficial.
Publicar uma coisa dessas em pleno tempo pascal é quase um sacrilégio. Perdoem-me, mas não resisti… D. Estevão Bettencourt já havia exposto, e o Veritatis publicado na internet, as razões pelas quais o livro “Repensar a Ressurreição” não é recomendável.
Além disso, uma dissertação, publicada no Portal Universia, acerca do pensamento de Queiruga sobre os “lugares teológicos da revelação divina”, revela outro lado – igualmente preocupante – do teólogo em questão. A autora da dissertação diz [novamente os grifos são nossos]:
Por fim, analiso o pensamento de Queiruga sobre a revelação de Deus nas diferentes manifestações religiosas. Para o autor, todas as religiões são verdadeiras e constituem, por isso mesmo, caminhos reais de salvação, para os que buscam viver a fé de forma honesta.
Por essas e outras acho que não se deve dar audiência ao que fala esse teólogo herético. Quem avisa, amigo é…
abril 13, 2010 at 3:03 am
Que horror!!!!
Diga-me com quem “teólogas” e te direi quem és. Nesse caso a resposta seria: um herege!
abril 14, 2010 at 6:18 pm
Para conferir, sobre Queiruga e o grau de pernuiciosidade de sua obra, que agora está sendo recomendada por Pe. Fábio, vide artigo publicado no site Cartas a Probo (www.cartasaprobo.blogspot.com), que reproduzo aqui:
Quero fazer alguns comentários sobre o livro “a revelação de Deus na Realização Humana”, de
Andrés Torres Queiruga, publicado entre nós pela Editora Paulus, que seria, segundo alguns “professores” de teologia autoproclamados “católicos”, e responsáveis pela formação de novos padres em nossos seminários, a nossa base de doutrina teológica católica para introduzir-nos no conhecimento mais profundo da fé, um “telescópio” para “enxergar mais longe”.
Lembrei-me do nome do autor, Torres Queiruga, como membro de uma “associación de teologos Juan XXIII”, da Espanha, que assinou um manifesto agressivo contra Ratzinger e João Paulo II, por ocasião da publicação do documento Dominus Jesus. Essa carta, também subscrita por Leonardo Boff, Hans Küng, Jon Sobrino e outros teólogos já notificados pela Congregação da Doutrina da Fé, imputa a Ratzinger e João Paulo II a acusação de “inoportunos, ofensivos e insensíveis”, para grifar apenas alguns dos “elogios” com que cobrem o antigo e o atual Papa.
Essa “associação de teólogos”, que, como veremos, não tem reconhecimento eclesial, defende, conforme notícias jornalísticas que existem em espanhol na internet, o matrimônio homossexual, o casamento dos sacerdotes, o aborto e outras questões gravemente ofensivas a nós católicos. O certo é que, em pelo menos uma dessas notícias, o próprio Queiruga, autor do livro que menciono agora, que está sendo recomendado por ninguém menos que o Padre Fábio de Melo, defende o fim do celibato eclesial como solução para “os escândalos sexuais envolvendo padres” (v. o jornal “El Mundo”, da Espanha, também disponível na Internet).
Digo isso porque, tendo questionado o próprio professor que recomendou o livro para mim, ele me assegurou que o autor é estritamente católico e que eu não deveria ter “preconceitos” contra ele, ao ler o livro. Ora, não se trata de ter preconceito, mas de conhecer com quem se está lidando.
O fato é que a própria Conferência Episcopal Espanhola (CEE) publicou um longo documento magisterial,
denominado “TEOLOGÍA Y SECULARIZACIÓN EN ESPAÑA. A LOS CUARENTA AÑOS DE LA CLAUSURA
DEL CONCILIO VATICANO II”, refutando, de um a um, todos os erros expressamente consignados no livro do Andrés Torres-Queiruga, e que ofendem gravemente a fé cristã.
A CEE adverte para esses teólogos católicos em dissenso, que procuram semear o erro a partir de dentro da Igreja, e que encontram guarida em cursos católicos de Teologia e editoras católicas como a Paulus, que publica o Queiruga no Brasil, como se vê do seguinte parágrafo do documento da CEE:
“51.Es necesario recordar, además, que existe un disenso silencioso que propugna y difunde la desafección hacia la Iglesia, presentada como legítima actitud crítica respecto a la jerarquía y su Magisterio, justificando el disenso en el interior de la misma Iglesia, como si un cristiano no pudiera ser adulto sin tomar una cierta distancia de las enseñanzas magisteriales. Subyace, con frecuencia, la idea de que la Iglesia actual no obedece al Evangelio y hay que luchar “desde dentro” para llegar a una Iglesia futura que sea evangélica. En realidad, no se busca la verdadera conversión de sus miembros, su purificación constante, la penitencia y la renovación[142], sino la transformación de la misma constitución de la Iglesia, para acomodarla a las opiniones y perspectivas del mundo. Esta actitud encuentra apoyo en miembros de Centros académicos de la Iglesia, y en algunas editoriales y librerías gestionadas por Instituciones católicas. Es muy grande la desorientación que entre los fieles causa este modo de proceder.”
Apenas como referência, tomarei quatro trechos do documento da CEE (que está firmemente baseado no Magistério da Igreja) e quatro trechos do livro de Queiruga que o contradizem frontalmente. Vamos ao texto da mensagem da Conferência Episcopal Espanhola:
“9. Resulta incompatible con la fe de la Iglesia considerar la Revelación, según sostienen algunos autores, como una mera percepción subjetiva por la cual “se cae em la cuenta” del Dios que nos habita y trata de manifestársenos. Aun cuando emplean un lenguaje que parece próximo al eclesial, se alejan, sin embargo, del sentir de la Iglesia.”
Agora transcrevo Queiruga, num trecho em que ele descreve a “experiência” de Moisés exatamente como um “cair em cuenta” de Deus. Após advertir que se deve retirar desse fato [a vocação de Moisés] todos os “lugares comuns espontâneos” que “configuram nossa imaginação”, como “aparições extraordinárias, visão espetacular do divino, claras audições da palavra de Jahweh”, (pág. 49) ele passa a descrever a “experiência de Moisés” com base numa “leitura histórica normal” ou “praticamente normal” (que ele não diz de onde tirou), assim:
“ A partir de sua vivência religiosa, Moisés descobriu a presença viva de Deus na ânsia de seus compatriotas para libertar-se da opressão. A “experiência de contraste” entre a situação fatual de seu povo e o que ele sentia como vontade salvadora de Deus, que quer a libertação do homem, o fez intuir que o Senhor estava ali presente e que o apoiava. À medida que foi conseguindo que essa certeza contagiasse os demais, ajudando-os a descobrir também eles essa presença, suscitou história, promoveu o sentimento religioso e, afinal, criou o javismo.” (Pag. 51, grifo no original.)
Como se não bastasse, o Queiruga ensina, citando um outro autor de uma maneira sibilina, que “a Revelação pertence à autocompreensão de toda religião, que sempre se considera a si mesma criação divina, e não simplesmente humana”. Ele expressamente afirma, também construindo em cima de outra citação sibilina, que “nenhum teólogo sério pretenderá que as Escrituras hebraicas e cristãs, ainda que únicas como manancial da divina revelação [assim mesmo, em minúscula no original] possam se colocar à parte de todas as demais obras em que estão depositadas as crenças religiosas e a experiência espiritual” (pág. 21, dessa vez os grifos são nossos).
Parece que ele, coerente com o manifesto da Associação de Teólogos João XXII contra a Dominus Jesus
que subscreveu, acaba de colocar Ratzinger e João Paulo II no rol dos “teólogos não sérios”, porque a Dominus Jesus claramente diverge dessa posição. Aliás, a Conferência Episcopal Espanhola toda não deve ser constituída de teólogos sérios (no pensar de Queiruga), porque, a respeito dessa idéia do autor, a CEE esclarece:
(…) Es necesario reafirmar que la Revelación supone una novedad[17], porque forma parte del designio de Dios que «se ha dignado redimirnos y ha querido hacernos hijos suyos»[18]. Por ello, es erróneo entender la Revelación como el desarrollo inmanente de la religiosidad de los pueblos y considerar que todas las religiones son “reveladas”, según el grado alcanzado en su historia, y, en ese mismo sentido, verdaderas y salvíficas. La Iglesia reconoce lo que, por disposición de Dios, hay de verdadero y de santo en las religiones no cristianas[19]. Reconoce, además, que «todo lo que el Espíritu obra en los hombres y en la historia de los pueblos, así como en las culturas y religiones, tiene un papel de preparación evangélica»[20], pues su fuente última es Dios. De ahí que sea legítimo sostener que, mediante los elementos de verdad y santidad que se contienen en las otras religiones, el Espíritu Santo obra la salvación en los no cristianos; esto no significa, sin embargo, que esas religiones sean consideradas «en cuanto tales, como vías de salvación, porque además en ellas hay lagunas, insuficiencias y errores acerca de las verdades fundamentales sobre Dios, el hombre y el mundo»[21].
10. La doctrina católica sostiene que la Revelación no puede ser equiparada a las, llamadas por algunos, “revelaciones” de otras religiones. Tal equiparación no tiene em cuenta que «la verdad íntima acerca de Dios y acerca de la salvación humana se nos manifiesta por la Revelación en Cristo, que es a un tiempo mediador y plenitud de toda la Revelación»[22]. Jesucristo, el Hijo eterno del Padre hecho hombre en el seno purísimo de la Virgen María por obra y gracia del Espíritu Santo, es la Palabra definitiva de Dios a la Humanidad. En Cristo «se da la plena y completa Revelación del Misterio salvífico de Dios»[23]. Pretender que las “revelaciones” de otras religiones son equivalentes o complementarias a la Revelación de Jesucristo significa negar la verdad misma de la Encarnación y de la Salvación, pues Él es «el que por su amor sin medida se hizo lo que nosotros para hacernos perfectos con la perfección de Él»[24].
Apenas para não fatigar, cito que Queiruga acusa o Magistério da Igreja Católica de defender a heresia
monofisicista, ao afirmar, a respeito do tema da consciência de Jesus, que “a teologia clássica trabalhou com um esquema vertical e no fundo – como tantas vezes assinalou Karl Rahner – monofisicista: Jesus chegou a terra sabendo já de tudo, e sua missão [para a teologia tradicional] consistiu em ir revelando-nos isto aos poucos”.
Queiruga defende, em seguida, na página 72, que “nem sequer há razão para excluir o ‘erro humano’” na
pregação de Jesus, porque “em tal erro Jesus partilharia simplesmente a nossa sorte, pois para o homem
histórico e, portanto, também para Jesus, é melhor ‘errar’ do que saber tudo de antemão”. Esse absurdo sobre Cristo, já defendido por nestorianos e agnoetas, cristaliza-se numa passagem claramente herética de Queiruga, em que ele nega a consubstancialidade de Jesus com o Pai e a própria unidade da Trindade, negando a divindade do Filho, pág. 73:
“A relação única e insuperável de Jesus não fica, assim, nivelada [com o Pai?], porém sua realização concreta insere-se de pleno direito no modo humano da vivência e da apropriação, na mesma linha da tradição profética [nega a divindade e transforma Jesus num profeta?]e, em geral, de todo esforço religioso por captar a manifestação de Deus.”
A respeito ainda da cristologia, destaco o trecho da página 34 em que o autor ensina que a divindade de
Jesus não é real, mas apenas imanente, um “mestre e revelador” que “constituiu-se para a experiência original [portanto apenas subjetiva e imanentemente] na figura real e palpável da revelação de Deus.” Esse mesmo Jesus já não está presente em Sua Igreja e sacramentos, porque “Ele próprio [Jesus], numa transformação cheia de conseqüências, passa de ‘pregador’ a ‘objeto de pregação’”. Retirando o fato de que essa idéia de Jesus como simples “mestre e revelador”, somada com o acolhimento da noção de Deus como um “plano de Potência” (pág. 22) têm um cheiro maçom muito forte, a discussão a respeito da distinção entre o “opaco” Jesus histórico e o “mediado” Cristo da fé acaba com essa incrível colocação do Queiruga:
“Não existe vida de Jesus “em estado puro’. Nem fatos, nem palavras… nem “revelação”. Isso que chamamos revelação – que assinalamos presente como um fato e que tentamos interpretar em seu significado – dá-se somente na densidade do humano: no laborioso processo das tradições, na capacidade cultural do ambiente e nas possibilidades da língua, no esforço por responder as perguntas e necessidades
concretas das diversas comunidades, na reflexão teológica de figuras individuais (Paulo) ou de escolas determinadas (João?)” (pág. 70, grifos nossos).
Chegamos a um livro sobre Revelação de Deus, este do Queiruga, que nega a própria Revelação!
A esse respeito, e corrigindo com maestria o Queiruga, adverte o magistério da CEE:
“25. Sin embargo, no siempre se han mantenido de manera completa los elementos esenciales de la fe de la Iglesia sobre la Persona y el mensaje de Jesucristo. Planteamientos metodológicos equivocados han llevado a alterar la fe y el lenguaje em que esta fe se expresa. En muchas ocasiones se ha abusado del método históricocrítico sin advertir sus límites, y se ha llegado a considerar que la preexistencia de la Persona divina de Cristo era una mera deformación filosófica del dato bíblico. Cuando esto ha sucedido, no ha dejado la Iglesia de confesar la fe verdadera, reafirmando la validez del lenguaje con el que proclama que «Jesucristo posee dos naturalezas, la divina y la humana, no confundidas, sino unidas en la única Persona del Hijo de Dios». El abandono de este lenguaje de la fe cristológica ha sido causa frecuente de confusión y ocasión para caer en el error
26. «Toda la vida de Cristo es acontecimiento de revelación: lo que es visible en la vida terrena de Jesús conduce a su Misterio invisible». Las palabras, los milagros, las acciones, la vida entera de Jesucristo es revelación de su filiación divina y de su misión redentora. Los evangelistas, habiendo conocido por la fe quién es Jesús, mostraron los rasgos de su Misterio durante toda su vida terrena. La Revelación de los misterios de la vida de Cristo, acogida por la fe, nos abre al conocimiento de Dios y a la participación en
su misma vida. En la Liturgia, en cuanto «ejercicio de la función sacerdotal de Jesucristo», la Iglesia celebra lo que nuestra fe confiesa, de modo que podemos entrar en comunión verdadera con los misterios de Cristo. «Todo lo que Cristo vivió hace que podamos vivirlo en Él y Él lo viva en nosotros». Una honda cristología mostrará la continuidad entre la figura histórica de Jesucristo, la Profesión de fe eclesial, y la comunión litúrgica y sacramental em los Misterios de Cristo.
27. Constatamos con dolor que en algunos escritos de cristología no se haya mostrado esa continuidad, dando pie a presentaciones incompletas, cuando no deformadas, del Misterio de Cristo. En algunas cristologías se perciben los siguientes vacíos: 1) una incorrecta metodología teológica, por cuanto se pretende leer la Sagrada Escritura al margen de la Tradición eclesial y con criterios únicamente histórico-críticos, sin explicitar sus presupuestos ni advertir de sus límites; 2) sospecha de que la humanidad de Jesucristo se ve amenazada si se afirma su divinidad; 3) ruptura entre el “Jesús histórico” y el “Cristo de la fe”, como si este último fuera el resultado de distintas experiencias de la figura de Jesús desde los Apóstoles hasta nuestros días; 4) negación del carácter real, histórico y trascendente de la Resurrección de Cristo, reduciéndola a la mera experiencia subjetiva de los apóstoles; 5) oscurecimiento de nociones fundamentales de la Profesión de fe en el Misterio de Cristo: entre otras, su preexistencia, filiación divina, conciencia de Sí, de su Muerte y misión redentora, Resurrección, Ascensión y Glorificación.
28. En la raíz de estas presentaciones se encuentra con frecuencia una ruptura entre la historicidad de Jesús y la Profesión de fe de la Iglesia: se consideran escasos los datos históricos de los evangelistas sobre Jesucristo. Los Evangelios son estudiados exclusivamente como testimonios de fe en Jesús, que no dirían nada o muy poco sobre Jesús mismo, y que necesitan por tanto ser reinterpretados; además, en esta interpretación se prescinde y margina la Tradición de la Iglesia. Este modo de proceder lleva a consecuencias difícilmente compatibles con la fe, como son: 1) vaciar de contenido ontológico la filiación divina de Jesús; 2) negar que en los Evangelios se afirme la preexistencia del Hijo; y, 3) considerar que Jesús no vivió su pasión y su muerte como entrega redentora, sino como fracaso. Estos errores son fuente de grave confusión, llevando a no pocos cristianos a concluir equivocadamente que las enseñanzas de la Iglesia sobre Jesucristo no se apoyan en la Sagrada Escritura o deben ser radicalmente reinterpretadas. “
Apenas para terminar, passo a citar trechos em que ele demonstra seu pouquíssimo afeto ao Magistério. Depois de asseverar na página 39 que os documentos em que o Concílio de Trento assevera a fé da Igreja de que Deus é o autor real das Escrituras e a Tradição representam apenas “metáforas elas mesmas já um tanto endurecidas”, ele afirma categórica e equivocadamente que que o Concílio Vaticano II “corta toda a terminologia filosófica da causa instrumental e, mesmo conservando a denominação de Deus como autor, afirma paralelamente que os escritores inspirados também são veri auctores (Dei Verbum 11). Fica assim [segundo a lógica torta do Queiruga, que está sendo ensinada em sala de aula] bem salientado o caráter analógico e metafórico da expressão”. Enfim, a verdadeira autoria de Deus, para a disciplina Introdução à Teologia, do primeiro semestre do curso superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília, é apenas uma metáfora, e “já um tanto endurecida”! E manifesta sua opinião de que os preciosos documentos do Vaticano II são um “inapreciável ponto de chegada para aspirações muito urgentes e legítimas” (pág. 44). Quais seriam essas aspirações, ele não deixa claro. Mas, além de levar à negação da Revelação, da divindade de Jesus, da transcendência do Cristianismo e da verdadeira autoria divina sobre as Escrituras e a Tradição, as aspirações parecem envolver, como vimos, o fim do celibato clerical, da autoridade magisterial e, quem sabe, junto com sua “Asociación Juan XXIII” [que uso vão do nome belo desse santo Papa], o casamento homossexual, a ordenação feminina, o aborto e outras cositas más.
Denunciando essa falsa teologia “católica”, que desrespeita o magistério, o documento espanhol
assevera:
“17. Tenemos en el Magisterio de la Iglesia la garantía para explicar correctamente la Revelación de Dios. Como la Alianza instaurada por Dios em Cristo tiene un carácter definitivo, es necesario que esté protegida de desviaciones y fallos que puedan corromperla; para garantizar esta permanencia en la verdad, Cristo dotó a la Iglesia, especialmente a los pastores, con el carisma de la infalibilidad, que se ejerce de diversas maneras. Suscitar dudas y desconfianzas acerca del Magisterio de la Iglesia; anteponer la autoridad de ciertos autores a la del Magisterio; o contemplar las indicaciones y los documentos magisteriales simplemente como un “límite” que detiene el progreso de la teología, y que se debe “respetar” por motivos externos a la misma teología, es algo opuesto a la dinámica de la fe cristiana.”
Este autor, que atualmente está afastado do sacerdócio e proibido de ensinar em seminários na sua própria diocese, está sendo, atualmente, estudado pela Conferencia Episcopal espanhola, para possível restrição à sua obra como um todo. Péssima recomendação do Pe. Fábio.
julho 16, 2010 at 12:57 pm
“O conhecimento incha; é a caridade que edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, ainda não sabe como deveria saber. Mas, se alguém ama a Deus, é conhecido por Deus” (1Cor 8,1).
Tenho muito medo dos que perseguem os pacíficos. Não serão julgados com o mesmo rigor? O que lhes espera? O que apresentarão a Deus: as boas obras ou uma série de acusações?
setembro 19, 2010 at 1:08 pm
Não assisti o programa citado, portanto não sei se é verdade. Espero em Deus que seja um equivoco. Porém, recomendo a todos o site do Padre Paulo Ricardo, onde em uma de suas palestras ele explica exatamente sobre a teoria de Queiruga. Segundo o padre Paulo, este teólogo, não tem a “graça” de ser herege, ele é um apóstata, ele já abandonou a fé por completo. Essa tese fere profundamente toda a fé cristã.
Nos evangelhos está bem claro: O TÚMULO ESTAVA VAZIO, sinal de que aquele corpo que foi crucificado, foi ressucitado. Até mesmo Tomé pode constatar isso quando Jesus pediu a ele que não fosse incrédulo e que tocasse em suas chagas.
Precisamos orar muito pelos nossos padres, muitos deles já foram contaminados por estes absurdos.
outubro 13, 2010 at 5:27 pm
OLÁ, BOA TARDE! QUERO FRISAR QUE TODOS QUE DEIXARAM SEUS COMENTÁRIOS NÃO LERAM A OBRA COMPLETA DE TORRES DE QUEIRUGA.
PESQUISEM OUTROS AUTORES NA AREA DE CRISTOLOGIA, INCLUSIVE O PENSAMENTO DE Ratzinger SOBRE A RESSUSRREIÇÃO E E DEPOIS FAÇAM A ANALISE DO PENSAMENTO DE QUEIRUGA.
ALERTO VCS PARA TEREM CUIDADO, A CANÇÃO NOVA NÃO PREGA O JESUS BÍBLICO, É OUTRO CRISTO, UM CRISTO QUE SÓ É ACESSÍVEL PELO MORALISMO, PELA SEGREGAÇÃO RELIGIOSA E PELO STATUS SOCIAL.
EDVALDO – ESTUDANTE 4º ANO DE TEOLOGIA – PUC
outubro 14, 2010 at 9:05 pm
Prezado Edevaldo,
Talvez a um estudante de Teologia a obra de Queruga sirva de alguma coisa (embora me escape ao conhecimento qual seria essa coisa). Mas aos católicos em geral, que desejam simplesmente viver a fé **da Igreja**, ele não apresenta nada de útil nem mesmo de interessante.
É desnecessário ler as “Obras Completas” dele se – no ponto **essencial** da fé cristã (que é a ressurreição de Nosso Senhor) – ele se afasta do Depositum Fidei. O próprio Papa Bento XVI, quando ainda cardeal Ratzinger, afirmou diversas vezes qual é o papel dos teólogos (dentro da Santa Igreja): aprofundar o conhecimento **dos tesouros da Igreja**. Isto se dá porque professamos que a Revelação está completa, mas não foi ainda totalmente compreendida. Os que lidam com teologia, portanto, devem auxiliar nesse processe de compreensão da fé. O que Queiruga faz é o contrário disso: ele acha que pode criar uma autêntica teologia católica menosprezando a dogmática, desviando-se e até contradizendo o depósito da Fé e a tradição cristã. Ele que desenvolver um teoria e não explicar um fato.
Nem ele nem nenhum outro teólogo (nem mesmo você quando se formar) contribuirão com a Fé da maneira que a Igreja espera se acharem que são roteiristas de cinema que tem por obrigação tornar críveis realidades fictícias.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
outubro 15, 2010 at 3:06 am
Caríssimo Gustavo!
Nós como teologos temos a obrigação de analisar todo e qualquer autor que atue na área. O que acontece muitas vzs é que quando surgi algo novo todos fazem críticas sem mesmo analisar profundamente o pensamento ou a idéia que seja. Portanto é necessario ter fundamento para criticar alguem. O que me chamou atenção é que muitos fizeram critica com base em um trecho da internet e poratnto não aprofundaram o tema.
O que coloquei é que cada um analise Queiruga e outros teológos, para daí tirar uma conclusão. Por que é muito infantil criticar algo sem ao menos ter analisado ou ter idéia do quer que seja.
É necessário ter fundamento para criticar, sabemos que todo Deposito da fé não veio do acaso, e sim de muitas discussões, heresias, apologias, para daí ter a fé fundamentada.
março 16, 2011 at 2:27 pm
Eu creio que as reflexões teológicas devem sempre estar avançando e buscando se inovar frente as várias realidades que presenciamos e porque não da Igreja. Eu acho o Queiruga um ótimo teólogo, ele ja contribuiu muito com as suas reflexões teológicas para a Igreja.
A arte do teólogo é a busca do novo, sair do rotineiro é sempre um desafio e eu acho que a teologia esta crescendo muito com isso graças a esses pensadores.
O fundamentalismo as vezes torna a fé pequena e faz com que as coisas sejam vistas sempre da mesma forma, ou seja, da forma arcaica.
Sou totalmente a favor de novas reflexões, temos que se abrir para o novo, assim crescenmos na fé e no respeito pelo outro com a sua forma de crer em Deus!
novembro 1, 2011 at 1:00 pm
Dentro da Modernidade Queiruga é um teólogo que mostra um novo horizonte na teologia. Não se pode achar que devemos permanecer para sempre dentro de uma interpretação única. Sabemos que toda teologia, seja aquela proclamada pela Igreja ela sempre será teologia feita pelos seres humanos com sua finitude. Nenhuma teologia ou escrito cai do céu pronto e acabado, todos passam pelas mãos humanas, achar que papa, igreja são infalíveis isso é coisa da Idade Média quando se usava da força e da impiedade para o castigo e proibir de se pensar. Vivemos em uma sociedade pós iluminista, na qual tem uma grande pluralidade de pensamentos e de religiosidade que devemos respeitar.
abril 8, 2012 at 3:44 pm
Graças a Deus que Jesus NÃO foi NADA ORTODOXO.
julho 8, 2012 at 6:37 pm
isso não é heresia, é apostasia
setembro 12, 2012 at 10:55 pm
Como que a Igreja não é infalível? Por acaso o espírito santo deixaria que houvesse erros doutrinários? Jesus disse que o espírito estaria com a Igreja para sempre e que Ele nos mostraria TODA a verdade (em questōes de fé) Por acaso a verdade seria uma em uma época e outra em outra época? Os apóstolos pregaram e morreram porque testemunhavam a ressurreição de Cristo, o túmulo vazio, etc. Teólogos que negam isso, ou dão uma outra interpretação porque a mentalidade da nossa épca não aceita a ressurreição de Jesus, estão blasfemando contra o espírito santo, contra a promessa do próprio Senhor. Daqui a pouco vão dizer também que Deus não é mais trino e que devemos ver de outra maneira porque a sociedade(=demônio) não aceita mais.. Que estamos numa época em qye é um absurdo acreditar nisso, bla bla bla….
dezembro 9, 2012 at 11:34 pm
É lamentável que alguns padres equivocados, esqueçam suas posições de homens religiosos e descambem para o outro lado da história. Com o advento da televisão, algumas religiões compraram concessões e tentam competir em audiência com os canais privados e abertos, colocando os padres para cantar, serem entrevistadores, estimulando cada vez mais a exaltação do EGO, desses ” ditos” padres. Padre Fábio de Melo na minha opinião faz um desserviço a igreja católica. É vaidoso, temperamental, verdadeiramente um equívoco como pastor para as ovelhas de Cristo. Este padre deveria ser proibido de gravar cds. A função de um padre não é ser cantor ou entrevistador, o lugar do padre é nos confessionários, nas igrejas e não estimulando a vaidade e cometendo equívocos teológicos como o fez ao tentar induzir aos não avisados uma leitura do padre Queiruga, um verdadeiro apóstata, que está tentando mudar a fé católica com suas interpretações estapafúrdias. Realmente é sinal dos tempos a apostasia que acontece dentro da própria igreja.
abril 22, 2013 at 9:25 pm
não é atoa ,que a Igreja católica esteja se esvaziando pois assusta ver, que a antiga Inquisição voltou .. com as intransigências e condenações:
Liberdade de pensamento criticas…Nao podemos pensar, como se estivéssemos na Idade Media, mas sim na nossa fonte de fê, os evangelhos de Jesus .mas numa linguagem de de hoje. Nao acredito que homens honestos em seus pensamentos sejam advertidos injustamente como debeis mentais…De que tem medo a igreja?Da verdade? ou de perder seu poder sobre a consciência dos Homens, para poder manipula-los?
Aprendi a conhecer melhor Jesus que nos salva e liberta,atraves dos livros de: Andres torres Queiruga, .J Sobrinho J.SEgundo etc
que o espirito santo ilumine a Igreja instituiçao pois o povo de Deus está mais iluminado por ELE.
a
maio 15, 2013 at 10:45 pm
Pois é, vejo que há pessoas aqui que prefere se agarrar a heresias a doutrina social e a teologia recomendada da Igreja. É lastimável.
novembro 8, 2013 at 12:20 am
Dos diversos comentários postados aqui, um, de modo muito especial e profundo me tocou: “…Jesus não foi nada ortodoxo”. Lembrei que Ele foi condenado e levado à cruz sob a acusação de ser um herege. No mundo, as mais conceituadas editoras católicas publicaram (e continuam a publicar) os livros de Queiruga, não sem antes terem efetuado uma cuidadosa análise teológica por um grupo de doutores e com base em rígidos princípios bíblicos e doutrinários da igreja. Há, naturalmente, os que discordam … Da mesma forma como houve os que discordaram, e fizeram rígida oposição ao papa Bento XVI, forçando-o a renunciar. E há teólogos europeus que já manifestaram discordância pela eleição de um papa latino, considerado por eles como de comportamento populista. É claro que discordo deles e admiro muito o papa Francisco.
Lendo Atos dos Apóstolos vejo que nem sempre os discípulos concordaram com tudo. Creio que, independentemente da nossa visão, o mais importanque é o ensinamento deixado pelo nosso Querido Mestre Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” João 13:35. Aproveito a oportunidade para testemunhar sobre o quanto o padre Fábio de Melo me abençoou com suas mensagens via programa Direção Espirutal. Nos meus momentos de desespero e dor, Deus me consolou e renovou minha fé por meio desse querido padre, a quem considero um profeta do século XXI. Que Deus abençoe todos vocês.
fevereiro 25, 2014 at 2:35 pm
Diante de tanta polêmica eu me pergunto se realmente estamos querendo viver intensamente o que Jesus nos ensinou ou se estamos querendo ter razão diante de um fato histórico sobre a vida do mestre, que sinceramente, não muda em nada a sua importância em nossas vidas.
Que tal se começássemos a ser verdadeiramente cristãos olhando para os grandes problemas sociais que estamos vivendo no Brasil. Que tal se buscássemos uma solução para que o nosso povo brasileiro que se diz em maioria cristão voltasse a ter fé nos nossos governantes, voltasse a ter fé no judiciário, no legislativo, emfim, fé no povo brasileiro que ao que me consta vem se rendendo a imposições culturais onde a moral e os bons costumes vem sendo corrompida a cada dia. Que tal se levantássemos a bandeira do cristianismo dizendo não a essa mídia que tem como principal programação a apologia à violência.
Para mim verdadeiramente não importa se Jesus ressuscitou em corpo ou em espírito. Para mim o que importa é o seu mandamento maior: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’ , e a cada comentário que vejo nesse blog percebo exatamente o contrário, tem sempre alguém querendo ter razão. Tem sempre alguém se achando mais digno da salvação por crer dessa ou daquela maneira. Basta olharmos a nossa volta e percebermos que o que mais vemos são “cristãos” se agredindo. Seja no trânsito, na fila do banco em repartições públicas, em hospitais públicos, emfim. Tem muitos que acabam de comungar ou de receber a benção do pastor e quase matam o seu irmão simplesmente porque foram fechados no trânsito, sem falar de outras tantas agressões.
Concluo minha ignorante e leiga opinião acreditando que em pleno século XXI a humanidade já foi catequizada mais do que o suficiente para saber que a verdadeira salvação se baseia em nossas atitudes e não em nossos conhecimentos ou no quanto a mais que rezamos ou oramos seja em templos ou qualquer outro lugar. Abraços fraternos à todos…
junho 5, 2014 at 2:54 pm
Agradeço ao Padre Fábio em me colocar em contato com Queiruga. Não só a Igreja Católica como a humanidade tem a ganhar com o DIÁLOGO ENTRE AS RELIGIÕES! Tenho FÉ que o Papa Francisco seja sensível à essa questão também: qdo perguntado sobre os homossexuais respondeu que é problema deles! Viva o Papa! Viva o Pe. Fábio de Melo! Que jamais fizeram apologia ao aborto:: ser a favor seria ser contra vida! VIDA é dádiva que recebemos de Deus e só ELE pode tirá-la!
dezembro 10, 2015 at 8:26 pm
Lamentável a onda depreciativa aqui exposta,quanta cegueira e ódio disseminado,rogo a Deus que ilumine vossos corações e que antes de externar o mal,se aproximem de Deus,queria eu,que vós realizeis pelo menos metade do que o abençoado, pe Fábio de Mello.Raça de Víboras são como sepulcros caiados…..
julho 15, 2016 at 3:54 pm
É triste ver pessoas que têm um pensamento assim estreito. Graças a Deus eu tenho uns amgos padres , todos com doutorado em Roma , e professores , que acham o Queiruga um ótimo teologo e eu o acho sensasional.
abril 22, 2017 at 2:25 am
Foi o reacionarismo que crucificou Jesus. E é o reacionarismo que dogmatiza a ressurreição do corpo. É irônico, contraditório e risível que os Evangelhos demonizem os fariseus de cabo a rabo e, no entanto, façam da doutrina farisaica da ressurreição do corpo clausula pétrea do cristianismo!!!
setembro 1, 2017 at 5:03 pm
Por favor , até quando este radicalismo vai existir entre os Católicos? Ficar atacando membros nossos? ! Devemos respeitar as opiniões distintas as nossas !