Entre as coisas que eu deveria ter visto, lido e comentado a tempo, mas não o fiz [por justas razões, é bem verdade], encontrei algumas coisas que merecem ser replicadas.

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Está circulando na internet – e eu recebi há pouco através de uma amiga – a lista dos deputados federais, por Pernambuco, que assinaram um recurso para que o Plenário da Câmara delibere sobre o PL 1.135/91 (que trata da descriminalização do aborto) MESMO APÓS O PROJETO TER SIDO ARQUIVADO. Ao fazerem isso, estes deputados subscreveram seu “certificado de abortistas” – de modo que não merecem o voto de nenhum católico. Eis aqui os engraçadinhos:

Pedro Eugênio – PT

Fernando Ferro – PT

Maurício Rands – PT

Raul Jungmann – PPS

Sílvio Costa – PMN

Ana Arraes – PSB

Inocêncio Oliveira – PR

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São realmente escandalosas e indignantes as fotos que Jorge postou no Deus lo Vult! a respeito da edição recifense do Grito dos Excluídos, ocorrido no último dia 07 de Setembro na capital pernambucana. Entidades gayzistas tomaram conta do evento, ao lado de abortistas e comunistas. Que apenas essa trupe satânica se reúna para reivindicar seus pseudo-direitos, é compreensível. Mas é incompreensível, inadmissível e lamentável que haja católicos, e autoridades católicas “apoiando” o grito de quem constantemente buscar calar a voz da Igreja. Enquanto tantos católicos se esforçam para lançar e sedimentar os valores cristãos na sociedade [obedecendo à ordem de São Paulo de “não nos conformarmos com este mundo”], outros – religiosos [as], inclusive – ajudem a engrossar as fileiras de quem não caminha com a Igreja, de quem combate contra Cristo. “Quem não recolhe comigo, dispersa”, disse Nosso Senhor. Eu, felizmente, não pude assistir a essa palhaçada porque estava em Garanhuns – onde, graças ao Bom Deus, o Berro dos Prostituídos ainda não chegou. Contudo, recomendo enfaticamente a leitura do horrendo relato que Jorge nos legou – como testemunho de sua coragem e de seu estômago forte…

Com a licença do Jorge Ferraz, reproduzo abaixo algumas das foto-evidências de que o Grito dos Excluídos há muito deixou de ser católico e, por isso, não deve contar com o apoio de nenhuma entidade ou organismo autenticamente vinculado à Igreja de Cristo.


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Palmas na Missa? Não , não condiz com a dignidade da celebração. Vejam a brilhante explanação de D. Roberto Francisco Ferrería Paz,  bispo auxiliar de Niterói, a respeito deste assunto. A matéria [na realidade o artigo escrito pelo senhor bispo auxiliar] está no site da Arquidiocese de Niterói e foi replicada no blog do Pe. Demétrio nos seguintes termos [com grifos dele]:


Dom Roberto Francisco, Bispo Auxiliar de Niterói, em seu último artigo publicado no site de nossa Arquidiocese, explica o porquê D. Alano e ele proibiram as palmas dentro das Celebrações Eucarísticas da Arquidiocese:


Porque não se adequa a teologia da Missa que conforme a Carta Apostólica Domenica Caena de João Paulo II do 24/02/1980, exige respeito a sacralidade e sacrificialidade do mistério eucarístico: “0 mistério eucarístico disjunto da própria natureza sacrifical e sacramental deixa simplesmente de ser tal”. Superando as visões secularistas que reduzem a eucaristia a uma ceia fraterna ou uma festa profana. Nossa Senhora e São João ao pé da cruz no Calvário, certamente não estavam batendo palmas. Porque bater palmas é um gesto que dispersa e distrai das finalidades da missa gerando um clima emocional que faz passar a assembléia de povo sacerdotal orante a massa de torcedores, inviabilizando o recolhimento interior. Porque o gesto de bater palmas olvida duas importantes observações do então Cardeal Joseph Ratzinger sobre os desvios da liturgia : “A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de repetições solenes. Não deve exprimir a atualidade e o seu efêmero, mas o mistério do Sagrado. Muitos pensaram e disseram que a liturgia deve ser feita por toda comunidade para ser realmente sua. É um modo de ver que levou a avaliar o seu sucesso em termos de eficácia espetacular, de entretenimento. Desse modo, porém , terminou por dispersar o propium litúrgico que não deriva daquilo que nós fazemos, mas, do fato que acontece. Algo que nós todos juntos não podemos, de modo algum, fazer. Na liturgia age uma força, um poder que nem mesmo a Igreja inteira pode atribuir-se : o que nela se manifesta e o absolutamente Outro que, através da comunidade chega até nós. Isto é, surgiu a impressão de que só haveria uma participação ativa onde houvesse uma atividade externa verificável : discursos, palavras, cantos, homilias, leituras, apertos de mão… Mas ficou no esquecimento que o Concílio inclui na actuosa participatio também o silêncio, que permite uma participação realmente profunda, pessoal, possibilitando a escuta interior da Palavra do Senhor. Ora desse silêncio, em certos ritos, não sobrou nenhum vestígio”.

Finalmente porque sendo a liturgia um Bem de todos, temos o direito a encontrarmos a Deus nela, o direito a uma celebração harmoniosa, equilibrada e sóbria que nos revele a beleza eterna do Deus Santo, superando tentativas de reduzi-la à banalidade e à mediocridade de eventos de auditório.

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói

Alguma dúvida?