O Life Site News publicou e o Marcelo Coelho traduziu :

 

            O arcebispo de Freiburg, Robert Zollitsch negou publicamente o dogma da Redenção. Em entrevista a um canal alemão de televisão ele afirmou que Cristo “não morreu pelos pecados das pessoas, como se Deus tivesse provido uma oferta sacrificial, um bode expiatório“.

            Para o prelado alemão na verdade Jesus se ofereceu apenas por uma tremenda solidariedade com os pobres e os sofredores. Questionado pelo entrevistador se Deus teria entregado seu próprio Filho porque nós homens somos pecadores o arcebispo respondeu simplesmente: “Não“. Deus entregou “seu próprio Filho por solidariedade conosco até a agonia mortal para mostrar: Vocês valem tanto para mim, Eu estou convosco e Eu estou completamente convosco em qualquer situação“.

 

            Quem pensava que a mentalidade da teologia da libertinagem era exclusividade das terras latino-americanas se enganou redondamente. Ao negar o Dogma da Redenção, o arcebispo de Freiburg e presidente da Conferência Episcopal Alemã, D. Robert Zollitsch, mostra que também o Velho Mundo foi contaminado pela praga da TL. D. Zollitsch já fez outras declarações infelizes. Por exemplo: quando falou à revista alemã Der Spiegel sobre celibato e homossexualismo; e quando criticou D. Walter Mixa, bispo de Augsburgo, falando da comparação entre aborto e Holocausto.

            O posicionamento de D. Zollitsch está enraizado naquela lógica (absurda) – idealizada e propalada pelos teologistas libertinos – segundo a qual os pobres e sofredores são o único objeto da misericórdia divina. Seguindo esta linha de raciocínio, Cristo estaria mais preocupado com a opressão que os governantes exercem sobre os povos, do que com o jugo do pecado que oprime e derrota tantos homens! Deus seria um tipo meio “impotente” que – vendo o pecado e fazendo vista grossa a ele – apenas se solidariza com o sofrimento terreno dos seres humanos. O Criador estaria pouco se lixando para o sofrimento eterno que muitas almas terão que padecer (em virtude de terem levado uma vida inteira de subserviência ao pecado). Não se fala mais no pecador como objeto da complacência de Deus. Não se fala em pecador porque, em nome do “politicamente correto”, evita-se mencionar a palavra pecado. É então quando ressoam os sábios conselhos de São Josemaría Escrivá, que diz: “Fica tranqüilo se exprimiste uma opinião ortodoxa, ainda que a malícia de quem te escutou o leve a escandalizar-se. – Porque o seu escândalo é farisaico”(Caminho, 349). O mais triste disso tudo, a meu ver, é que o estilo Carpe Diem instaura a era da permissividade sob o olhar condescendente de alguns ministros de Deus. Ministros estes que não denunciam o pecado e o erro, que não mais se dirigem ao pecador, que negam os benefícios e graças obtidos na Cruz de Cristo aqueles por quem o sangue de Nosso Senhor foi derramado…

            É bem provável que D. Robert não tenha pensado em todas essas conseqüências (danosas) que decorrem de sua afirmação. Mas, a mim parece de fundamental importância refletir sobre esses desdobramentos.

 

Para assistir à entrevista concedida pelo arcebispo alemão clique aqui

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