Quero registrar duas coisas:
1 – O absurdo proposto e defendido por um ativista gay neste blog. A bestialidade [=sexo com animais], segundo ele, seria lícita desde que os animais concordem… A que ponto chegou a degradação moral do ser humano! Triste.
2 – A justa indignação de Jorge no que tange ao processo de secularização da Quaresma que vem sendo perpetrado pela CNBB. Faço minhas as palavras dele:
“No Brasil, na cabeça da CNBB, o que tem a ver com Quaresma é… economia. Como se os bispos fossem economistas, ou como se a Verdadeira Economia estivesse entre aquelas verdades reveladas cuja profissão expressa é absolutamente necessária para a salvação de toda a criatura, ou como se os maiores pecados dos católicos brasileiros fossem a conivência, direta ou indireta, com o “sistema” intrinsecamente injusto que dirige a nossa sociedade”.
[…]
“O mais frustrante é que já é tarde para fazer muita coisa. Já estão escolhidos o tema e o lema, os cartazes estão prontos, a divulgação já começou, e o texto-base provavelmente já está escrito e deverá estar disponível no site da CNBB muito em breve. Ano passado, eu tinha feito o propósito de ensaiar uma mobilização para que, ao menos, esta maledetta campanha fosse colocada bem longe da Quaresma. Não fiz nada – mea culpa. Desta vez, vamos aproveitar enquanto a indignação ainda está fervendo o sangue. Queremos uma Quaresma católica, e isso não pode ser pedir demais”.
É realmente lamentável que durante os quarenta dias em que deveríamos nos preparar para a Páscoa do Senhor [que é o evento central da Fé Cristã e, também, o ponto alto do Ano Litúrgico], sejamos instigados a pensar em temas de economia e política em detrimento da reflexão [fundamental] sobre a vida espiritual, lutas interiores, etc. Quaresma é tempo de retiro e não de simpósio sobre economia! Queremos, sim, uma Quaresma católica!
dezembro 18, 2009 at 4:36 pm
Ciro. Até acho que se poderia fazer uma Campanha da Fraternidade com esse exato tema. Porém, enfatizando a Doutrina Social da Igreja e os seus princípios, para que se promova de forma mais aberta esses princípios. Tudo isso se encaixaria perfeitamente a nossa fé em Jesus Cristo nosso senhor, com o tema economia. Além de poder promover o espírito de penitência próprio da Quaresma. Agora, infelizmente, muito provavelmente o que veremos é uma enxurrada de propaganda Marxista.
dezembro 19, 2009 at 8:38 pm
Oi Gustavo, tudo bem?
Esse tema da CF foi cruel mesmo, não poderia ser pior que esse!!!
Quaresma é quaresma e não Economia, Quaresma é tempo de reflexão interior, oração , jejuns etc… Economia se deixa para os economistas tratarem…
Fica aí registrada a minha indignação.
Bjs.
Fabiana Dantas
dezembro 24, 2009 at 1:49 pm
Como eu disse anteriormente. Não vejo bicho nenhum nesse tema. Dá pra se tirar coisa boa daí. Porém, o que eu questiono é se colocar a Campanha da Fraternidade como algo ligado à Quaresma. O que de certo modo atrapalha o espírito de quaresma. Nos outros países não existe isso. Fica até parecendo estratégia da TL para ´´laicisar´´ o Cristianismo. Acho que deveremos propor à CNBB que as campanhas da Fraternidade tenham um enfoque para o ano todo, e obviamente criticar toda bestialidade TL que promovam em cima dela.
fevereiro 5, 2010 at 1:58 pm
Na minha opinião o que relmente é lamentável, é um ser querer ser chamado de “católico” e ainda por cima querer discutir tema de Campanha de Fraternidade TOTALMENTE sem BASE sólida para isso… à esclarecer: O “assunto” da CF2010 é extremamente atual e está em discussão há pelo menos 3 anos; A formação acadêmica/profissional dos sacerdotes/bispos independem de serem ou não “economistas” ( assim como em outros segmentos da sociedade, existe sacredotes católicos que são médicos, advogados, matemáticos, administradores, economistas e porque não ?… ) Quando se fala em Economia e Vida; não se fala em Economizar a Vida, mas Economizar Para a Vida… Você deveria ter feito sua mobilização em prol, não contra. Poderia ser um a mais nessa luta, não um a menos e ainda querendo que outros também deixem de lado… Se conselho ajuda: você poderia estudar mais o assunto, antes de colocá-lo na web.
Infelizmente muitos se dizem Católicos, mas poucos, muitos poucos mesmo, passam além das Celabrações da Semana Santa, achando que com isso já fizeram muito….
A CF não deve ser praticada somente na Quaresma, é um alerta para TODA a vida…
Quaresma e Retiro podem até ser sinônimo… para quem quem não tem formação. Agora comparar CF com SIMPÓSIO DE ECONOMIA, você não sabe do que está falando…
Paz e Bem
fevereiro 5, 2010 at 11:51 pm
Caríssima Lolly,
Antes de alegar que eu não tenho “BASE sólida” para afimar a **total incoerência da Campanha da Fraternidade com o espírito da Quaresma**, a senhora deveria ter se dado conta de que não tem base SÓLIDA para achar que eu sou um inconsequente, alguém que está falando sobre algo que não conhece. Portanto, logo nesse primeiro momento devo dizer-lhe que seu juízo foi precipitado e equivocado.
É preciso deixar claro que o que eu comentei neste post não é fruto de minha opinião [apenas]. Jorge, o blogueiro citado no post, é apenas um dos muitos que denunciaram a secularização da CF. A bandeira que nós defraudamos e defendemos é também a de muitos padres e numerosos bispos [muitos deles – por questões políticas – não se opõem abertamente para não se indispor com os colegas…].
Perceba que, das muitas conferências episcopais existentes no mundo, nenhuma adota uma postura tão secularizada quanto a CNBB. Todos os temas por ela propostos são focados em problemas de ordem social. Quando foi que a senhora viu um CF que se concentrasse na meditação de uma virtude? Quando foi que a senhora viu uma CF que abordasse como tema principal a importância de determinado sacramento? Quando foi que senhora viu uma CF que abordasse a oração como alimento espiritual da vida cristã? NUNCA, NUNCA E NUNCA. Aliás, mesmo no ano em que a CF tratou do tema “Vida” – que é importante e está na ordem do dia – fizeram a bobagem de lançar no DVD oficial da campanha a opinião de uma abortista para apresentar uma outra visão acerca da questão da vida… Totalmente imprudente, incoerente e malicioso.
Entenda: o fundamento da nossa crítica não é tanto com relação à campanha, em si [embora a idéia de uma campanha nesse estilo – promovida pelos bispos da Igreja – não me agrade muito…]. A crítica principal é que, ao realizar-se durante o tempo quaresmal, a CF acaba desviando a finalidade da preparação para a Páscoa do Senhor.
Caso a senhora não saiba, o perído da quaresma é, para a Igreja, um tempo de RETIRO ESPIRITUAL. Logo, é um total desvio de foco tratar de um tema **imanente** quando o apropriado seria refletir sobre o que é **transcendente** (a senhora entende esta distinção?].
Ademais:
1 – Quanto ao fato de o tema ser “extremamente atual e estar em discussão há pelo menos 3 anos”, devo dizer-lhe que isso é totalmente irrelevante. A grandiosidade do Mistério Eucarístico vem sendo discutida a quase 2.000 anos e ainda não se esgotaram as reflexões.
2 – Quanto à “formação acadêmica/profissional dos sacerdotes/bispos independer de serem ou não “economistas” devo dizer-lhe que concordo. Mas acho que a senhora também irá concordar se eu disser que a opinião de um especialista vale muito mais que a de um amador… E que teologia e filosofia são áreas nas quais os bispos podem transitar com muito mais segurança e competência do que economia…
A senhora não gostou da comparação entre a Campanha da Fraternidade 2010 e um Simpósio de Economia. Mas eu lhe pergunto: a senhora já teve a curiosidade de ler algum texto- base da CF? Lembra daquele ano que a campanha foi sobre os indígenas? Se o texto-base daquela campanha não foi um verdadeiro tratado de sociologia então não existem tratado deste tipo… Aposto que se a senhora tiver a curiosidade de ler o texto base desta campanha verá que é pura doutrina econômica… Digna de apresentação num simpósio 😉
Portanto, caríssima, é a senhora que não tem base SÓLIDA para defender uma campanha que faz os católicos tirarem os olhos daquilo que é realmente importante para a salvação de suas almas e concentrarem-se em realidade passageiras.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 8, 2010 at 12:41 pm
Jesus amado!!!!
Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que dizem!!!!
Louvado seja Deus pela Campanha da Fraternidade! Onde já se viu uma religião egoísta onde a Fé não está relacionada com a vida e o BEM COMUM!!!!
Que bom que a IGREJA CATÓLICA não cede a provocações tão insanas e egoístas…
Quem colocou este post nunca deve ter passado fome, necessidades e por isso deve achar que louvar a Deus com os lábios e fazer “retiros” basta para a vivência do Evangelho… que tolice…
“A FÉ sem obras é morta”
PAZ E BEM!
fevereiro 8, 2010 at 11:39 pm
Caro Sr. Osnildo,
Agradeço seu comentário e participação. Contudo devo dizer-lhe que o post não a que se refere o seu comentário não trata de promover uma CF “egoísta”. O que se propõe – e que eu venho repetindo ad nauseam – é que a CF seja feita EM OUTRO MOMENTO, E NÃO DURANTE O PERÍODO QUARESMAL [porque o foco da quaresma é outro, diverso de uma abordagem sociológica acerca de problemas de ordem temporal e secular].
Outrossim, é preciso ter bem claro que **a alma vale mais que o corpo**. O senhor já se deu conta disso? “De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro se vir a perder a própria vida”. São palavras de Nosso Senhor.
Obras sociais são boas – em si – e a Igreja as faz [e estimula a que façam] desde há muito tempo. Quanto a isso não resta dúvida. Contudo, retiros, penitência e oração [coisas que, a julgar pelas suas palavras, lhe parecem desprezíveis] são práticas igualmente importantes [senão mais importantes]. A “tolice” é sua de achar que só se considera como sendo “obras” o fruto do trabalho humano em prol da ordem socioeconômica. Que pensamento, medíocre, mesquinho, antropocêntrico! Releia o comment imediatamente anterior ao seu e tente entender a minha colocação para não ficar falando bobagem e passando vergonha com comentários apaixonados e desprovidos de fundamentação [lógica e prática].
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 11, 2010 at 8:29 pm
Infelizmente vc é um ser que não vale à pena ! Como vc mesmo diz nos seus discursos, ninguém te conheçe, não há porque preocupar-se contigo, porque sua cabeça retrógrada não permite opiniões que confrontam as suas… Perco meu tempo contigo
fevereiro 12, 2010 at 3:13 am
Caríssima Lolly,
Já esperava uma resposta deste tipo seu: é típico de quem não tem argumentos… Desdenha e foge para não perder. Paciência.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 13, 2010 at 2:02 pm
Caríssimos(as)!
Me preocupa tais colocações. Cada qual tem seu ponto de vista, assim como dada a questão do tempo litúrgico a que somos “convidados” a refletir.
Pergunto: Gustavo, se não na quaresma ( com maior ênfase, e porque não durante o ano todo e durante toda a vida ) em que época trataríamos na Igreja a Campanha da Fraternidade, haja visto é uma Realidade da Igreja Católica no Brasil, há pelo menos uns 40 anos ? Não sei como funciona a sua comunidade, mas existe outras que retiro e relfexões são colocados à disposição praticamente todos os meses, e não somente no tempo quaresmal… Concordo que na Quaresma devemos refletir, etc e tal… Porém o convite da Igreja esse ano de 2010 é voltado para esse assunto.
A questão sócioeconomica é desde o tempo de Jesus, tanto que foi Ele mesmo quem disse: ” Não se deve servir à dois Senhores.”
A CNBB defende as questões sociais, creio que pelo fato de que em nosso país, a cultura seja exatamente essa: Usar Deus como moeda de troca. Pago meu dízimo, logo Deus me enxerga.
A questão sociopolitica é que todos os necessitados vivam de vale-renda, bolsa-familia, etc…
Só mais um lembrete: A Páscoa do Senhor ocorre todas às vezes na Missa. Em qualquer época do ano ( Exceto na Sexta-Feira Santa ) quando não se celebra a Missa.
Esteja em PAZ
fevereiro 14, 2010 at 12:43 pm
Caro Leandro,
Agradeço a sua visita e participação, bem como a cordialidade com que manifestou sua opinião neste blog. Contudo, colocações como a sua também me preocupam…
Perceba:
1 – Você trata a discussão socio-político-econômica como se a Igreja tivesse a OBRIGAÇÃO de instaurá-la e conduzi-la. E isto NÃO É, absoltumente, verdade. Quando você me perguntou sobre “em que época deveria ser discutida esta questão [senão na quaresma]”, é como se estivesse afirmando que – de um jeito ou de outro, hoje ou amanhã – esta discussão DEVERIA ser proposta pela Igreja. Repito: isto não tem NENHUMA PROCEDÊNCIA.
2 – O DEVER de estudar, debater e aprofundar-se sobre as questões de ordem temporal é DOS LEIGOS [i.e.: da Sociedade Civil]. Veja bem: eu não estou propondo uma Igreja “distante dos problemas da humanidade”, “apática ao sofrimento das pessoas”, “alienada”. O que estou colocando diz respeito apenas a uma SEGREGAÇÃO de atribuições. Divagando um pouco: um leigo pode e deve candidatar-se a um cargo eletivo político. Já um sacerdote não pode fazê-lo [se o fizer, deve pedir dispensa da batina]. Entende? Assim como existem realidades que não se coadunam ao estado clerical, existem discussões e debates que não dizem respeito à pregação da Igreja. No tema em questão, Ela apenas orienta as pessoas no que tange aos princípios éticos e morais que regem as relações econômicas [porque isto faz parte do seu múnus de ensinar, é a propagação da Sua Doutrina (Moral) Social].
3 – A existência de retiros e reflexões praticamente mensais em algumas comunidades
não substitui de forma alguma o tempo do Grande Retiro [ou seja, a quaresma]. Se com isso você quis insinuar que as questões espiritual já estão “bem cuidadas” e, portanto, agora seria hora de cuidar do “humano”, devo dizer-lhe que isto é um ledo engano de sua parte. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e TUDO mais vos será dado em acréscimo”.
4 – Entendo que o dinheiro é, muitas vezes, motivo para algumas pessoas se afastarem de Deus; entendo também suas colocações no que diz respeito à utilização de Deus como elemento de barganha. Contudo, a CF 2010 NÃO ESTÁ DISCUTINDO ISSO. Em nenhum momento foi falado da valorização da Pobreza Evangélica. Em nenhum momento foi proposto aos homens as formas clássicas de fazer com que este afastamento de Deus não ocorra [quais sejam: a oração, a meditação, etc.]. Em nenhuma momento, falou-se abertamente do pecado capital da avareza. Não está em questão a catequese autêntica sobre o “valor” [espiritual, não material] do nosso dízimo. Você está compreendendo, meu caro? Com certeza, o tema poderia ser “catolicizado” [inclusive, conheço sacerdotes que fazem isto com o intuito de “fugir” do viés político proposto pela CNBB…]
5 – Quanto às críticas ao bolsa-família e afins apenas um nota oficial lançada pela CNBB resolveria isso. Contudo, parece que falta coragem aos bispos para fazê-lo…
6 – Sem dúvida, a Páscoa do Senhor ocorre todas as vezes que se celebra a Santa Missa. Mas isto não é motivo para que se despreze [ou menospreze] o tempo em que celebramos POR EXCELÊNCIA a Páscoa do Senhor. Se você tentar comungar um domingo qualquer para cumprir o mandamento da Igreja [que manda que se comungue ao menos na Páscoa] vai se dar mal… O preceito está atrelado à festa e não à realidade pascal. 😉
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 14, 2010 at 6:49 pm
Prezado Gustavo,
Você não respondeu a questão.
Um convite quando recebido, ou se aceita ou se recusa.
Quem é chamado a ser Igreja ?
Como que a CF2010 não coloca em questão de se usar Deus como moeda de troca? Se um dos tópicos é exatamente esse: Não Servir a dois senhores ( Deus e o Dinheiro ) entenda-se aí não só os valores economicos, sociais, mas sim “caminhos” que te escravizam no pecado, nas drogas, no sexo, na morte do espírito.
Não creio que o papel da CNBB seja lançar “notas” para resolver questões de políticos de caráter duvidoso, que ao invés de tratar principalmente o cidadão de baixa renda com dignidade e respeito ( porque todos ) não importa a condição social, são obrigados a pagar impostos e depositar na urna o seu voto; ficam tratando, principalmente o pobre, com “vales” ao invés de usar o dinheiro público em infra-estrutura de saneamento básico, àgua tratada, saúde, médicos melhor remunerados,etc… Também não sou a favor da igreja apoiar a candidatura de ninguém, não é esse o seu propósito. Mas a igreja precisa estar atenta também com a questão política, porque senão como será a vida de um sacerdote que não consegue sair de uma questão de “saia justa” quando questionado por algum problema político? ( Ah! não a igreja não se envolve nessas questões… Isto não é resposta)
Quando toquei no assunto da Páscoa do Senhor, o que quiz dizer foi que a preparação para a Páscoa transcende o período quaresmal. Em Outras palavras: Se sou católico, se VIVO minha fé, preciso estar sempre preparado, não só quando ensina a igreja. A igreja não manda: ensina. Deus não castiga: Ama! Jesus não proibe: Mostra como fazer…
Fácil, não é. Mas, não é impossível !
De quê adianta o preceito, os ritos, as vestes, se na mente, no sentimento a realidade é outra ?
Em momento algum estou menos ou desprezando o tempo da quaresma ( ou qualquer tempo que seja ). O que afirmei é que nesse tempo da quaresma, estamos sendo “convidados” ( aceitar ou não )a refletir sobre o tema proposto independente da penitência, abstenção, retiros, etc…
O importnate mesmo é as pessoas darem valor ao seu dinheiro, se preocupar com a divisão de renda e recursos; aplicar melhor aquilo que recebem como salário; não se venderem por qualquer preço, etc… Mas aí cada qual é que deve saber qual decisão tomar.
Esteja em Paz
fevereiro 14, 2010 at 7:35 pm
Caro Leandro,
Você diz:
1:
“Não Servir a dois senhores ( Deus e o Dinheiro ) entenda-se aí não só os valores economicos, sociais, mas sim “caminhos” que te escravizam no pecado, nas drogas, no sexo, na morte do espírito”.
Esse é o seu entendimento. Amplo, correto, louvável. Contudo, não estou seguro que a mentalidade em vigor na CNBB – expressa por meio da CF 2010 – seja esta… Em nenhum momento foi posto em evidência a questão do PECADO como um “anti-valor”.
2:
“Não creio que o papel da CNBB seja lançar “notas” para resolver questões de políticos de caráter duvidoso”
Com certeza esse não é o papel da CNBB. Mas já que ela deseja tanto se envolver com este tipo de questão, penso que essa seria a forma, digamos, mais apropriada de o fazer. A palavra da Igreja, o parecer dos bispos AINDA tem certo peso sobre os governantes. Portanto, um nota, uma declaração ou qualquer coisa do tipo tem, sim, a sua eficácia no que diz respeito à advertir os políticos quanto às injustiças [de acordo com o conceito católico] instauradas na sociedade. Se você considera que a edição de uma nota por parte da CNBB é uma medida frágil, pusilânime, então o que propõe? Que os bispos “ponham a mão na massa” e comecem a sugerir políticas públicas que julguem ser mais eficazes? Não, meu caro. A Igreja não sagra bispos para este fim. Repito: para isto, que se manifestem os LEIGOS CATÓLICOS dando o seu testemunho de fé e exercendo o seu papel de ser “sal e fermento” no mundo.
3:
“De quê adianta o preceito, os ritos, as vestes, se na mente, no sentimento a realidade é outra?”
Concordo. Mas isto NÃO JUSTIFICA, DE FORMA ALGUMA, que se elimine todo elemento de piedade e toda sinal de dignidade do qual o clero pode e deve se revestir – em vista de sua altíssima missão. “Importa fazer estas coisas sem desprezar aquelas”, disse Jesus.
O interior deve corresponder ao exterior, e o exterior deve transparecer o interior.
4:
A igreja não manda: ensina.
Falso. A Igreja manda sim, porque tem autoridade para tal – dada por Cristo. Os mandamentos da Igreja existem e são 5.
5:
Deus não castiga: Ama!
Falso. No capítulo 3º do livro do Apocalipse é dito: “Castigo e educo a todos quantos amo”. O castigo não é um mal que Deus deseje ou provoque ao homem. É uma simples medida corretiva e educativa, tal como os pais fazem com seus filhos.
6:
Jesus não proibe: Mostra como fazer…
Falso. Jesus disse à pecadora que ia ser apedrejada: “Vá em paz e NÃO TORNES A PECAR”. Esta colocação tem caráter imperativo e constitui, sim, uma proibição [que, se violada, ocasiona um delito].
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 15, 2010 at 3:14 am
Prezado Gustavo !
Infelizmente novamente você não responde as questões. Mas cria outras…
A Igreja em que acredito ser católica, apostólica e romana, apesar de toda Sua Tradição Apostólica me deixa “Livre” para tais colocações. De forma alguma quero entrar no mérito da atuação episcopal,etc…
Sou obrigado a concordar com outras pessoas que por aqui postaram suas opiniões.
Aqui você não concorda e diz:
6:”Jesus não proibe: Mostra como fazer…”
Falso. Jesus disse à pecadora que ia ser apedrejada: “Vá em paz e NÃO TORNES A PECAR”. Esta colocação tem caráter imperativo e constitui, sim, uma proibição [que, se violada, ocasiona um delito].
Pergunto: Se Jesus aí não mostra como fazer ?
Me preocupa tua postura. Tenho a impressão que sejas um universitário, talvez, um universitário… Não sei sobre sua formação dentro da igreja, mas me preocupa pelo fato de tentar debater sobre Marxismo , etc… Confrontar sobre a Igreja não ter um tema da CF durante a quaresma… ( que te agrade ? ) Porque fica claro em suas opiniões que se o assunto fosse outro, você também o questionaria… Talvez sua insatisfação seja pelo fato de achar fraca a atuação da CNBB. (?)
O que fica claro: Não conheço essa igreja que você defende.
Sei perfeitamente quais as regras ( mandamentos ) e a autoridade da Igreja… Não sou eu quem está se “levantando contra” uma determinação.
Me adimira em seu blog mencionar Nossa Senhora, citar tanta intimidade com Bispos, padres, professores… e ser contrário à CF… Mas, defende que a CNBB deveria sim ter uma postura diante dos governantes…
Seria uma Nova Igreja católica a que vc defende ?
fevereiro 15, 2010 at 7:46 pm
Caro Leandro,
Veja bem. Acho que você não me entendeu ainda.
1º- Não é a Igreja que te “deixa livre”. É muito mais que isso: você é livre por direito divino. Foi Deus que assim o quis. Mas realmente não sei porque é que você trouxe esta questão à tona se ela – nem de longe – diz respeito ao conteúdo deste post bem como aos comentários subsequentes que fiz…
2º – Pela milionésima vez: eu não estou questionando a existência da CF, mas sim a conveniência de realizá-la durante o tempo da quaresma. Acaso eu não sou livre como você para opinar acerca de um tema ainda controverso?
3º – Você diz que não conhece a Igreja que “eu defendo”. Nisso sou obrigado a concordar com você: me parece que você não conhece bem a Igreja Católica Apostólica Romana… =/
4º – Não sei porque você se preocupa com o fato de eu pregar contra o Marxismo. É a pregação constante da Igreja, meu caro…
5º – Quanto à minha formação acadêmica quero dizer-lhe que conclui a graduação e agora estou fazendo um pós-graduação. Não entendi a relevância disto para a nossa discussão…
Se você acha que eu sou daqueles garotos recém-ingressos na Igreja que divulgam suas opiniões apaixonas da internet, engana-se grandemente. Sei o que estou dizendo, responsabilizo-me por cada uma das palavras que escrevi aqui.
Uma última colocação: você em nenhum momento se dedicou a apontar onde é que eu estava errado por manifestar esta opinião. Não retorquiu nenhum dos meus argumentos. Foi evasivo e superficial. Você quer mesmo continuar esta conversa de forma honesta, apresentando ARGUMENTOS em lugar de PONTOS DE VISTA? Se não, foi um prazer conversar com você.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
fevereiro 17, 2010 at 1:54 pm
MEUS CAROS AMIGOS E AMIGAS, SEJAMOS CARIDOSOS UNS PARA COM OS OUTROS…A CF 2010 É APENAS PARA CHAMAR A TENÇÃO DE TODOS PARA QUE NINGUEM SE ENGANE QUE PODE SERVIR A DOIS SENHORES…MUITO VIVEM NESTA ENCRUZILHADA DA VIDA.REZEMOS PARA QUE NÓS POSSAMOS SAIR DESTA BESTIALIDADE DE VIDA PENSANDO QUE OS BENS NOS TRAZEM A SALVAÇÃO.NÃO PODEMOS SERVIR A DEUS E AO DINHEIRO.POR ISSO VAMOS REZAR E PEDIR A DEUS QUE NOS AJUDE.TÁ BOM?DEUS ABENÇÕE A TODOS.
fevereiro 18, 2010 at 1:13 am
Desculpe-me Gustavo e que Deus o abençoe.
Lolly, Leandro, Osnildo, Walter… e outros tantos que partilham da mesma opinião, Parabéns pelas brilhantes colocações!
Só mesmo o Deus Criador para entender onde esse amigo deseja chegar. Que esse mesmo Deus possa abrir os olhos, os ouvidos e o coração dele e de cada um que aqui passar…
Que Estou Fazendo
Que estou fazendo se sou cristão,
Se Cristo deu-me o seu perdão?
Há muitos pobres sem lar, sem pão,
Há muitas vidas sem salvação.
Mas Cristo veio para nos remir,
O homem todo, sem dividir:
Não só a alma do mal salvar,
também o corpo ressuscitar
Há muita fome no meu país,
Há tanta gente que é infeliz,
Há criancinhas que vão morrer,
Há tantos velhos a padecer.
Milhões não sabem como escrever,
Milhões de pobres não sabem ler:
Nas trevas vivem sem perceber
Que são escravos de um outro ser.
Que estou fazendo se sou cristão,
Se Cristo deu-me o seu perdão?
Há muitos pobres sem lar, sem pão,
Há muitas vidas sem salvação.
Aos poderosos eu vou pregar,
aos homens ricos vou proclamar
Que a injustiça é contra Deus
E a vil miséria insulta os céus.
Paz
Sob a figueira no parreiral
Descansaremos, afinal.
Não iremos nos lembrar
Do antigo tempo militar.
Transformaremos canhões e espadas
Em podadeiras, em pás e enxadas.
E em vez de guerras entre os irmãos
Todos os povos vão dar-se as mãos.
Paz e Bem!