“Levem ao mundo digital o testemunho de sua fé”. Este é o pedido do Santo Padre, o papa Bento XVI, por ocasião da 43ª Jornada Mundial das Comunicações, a ser celebrada no próximo dia 24 de Maio. Segundo a ACI, o Santo Padre, exortará os jovens com as seguintes palavras: “A vós, jovens, que quase espontaneamente vos sentis em sintonia com estes novos meios de comunicação, vos corresponde de maneira particular a tarefa de evangelizar este ‘continente digital’”, assegura. Com o passar da mensagem, o Papa destaca “o extraordinário potencial” que têm as novas tecnologias “quando se usam para favorecer a compreensão e a solidariedade humana”.

            Penso que uma solicitação como essa, sobretudo por partir do Vigário de Cristo, seja muito significativa para todos os blogueiros católicos. Obviamente, o Santo Padre se refere a todas as formas de evangelização digital (blog’s, sites, jornais eletrônicos, programas, etc.). Contudo, vou delimitar meus comentários a ‘realidade virtual’ chamada blog.

            Desde que surgiram, os blog’s (em geral) serviam para apresentar ao mundo as preferências e opiniões do blogueiro. Creio que uma boa definição de blog seria a de “um diário pessoal de domínio público”. Ali o blogueiro se expunha, colocava de maneira normalmente não muito sistemática, aquilo que “achava interessante”. Até então, não havia sequer a preocupação em escrever dentro das normas ortográficas: escrevia-se em internetês mesmo…

            É diante disso que eu enxergo uma verdadeira revolução (calma, eu não sou comunista!) perpetrada pelos blogs católicos. Hoje, por mais que num blog católico estejam presentes as “preferências e opiniões” de quem nele escreve (porque é ele quem seleciona o que vai postar e apresenta sua visão sobre aquele assunto), o pensamento da Igreja é o que prevalece; no fim das contas, quer-se lançar um olhar católico sobre a realidade do mundo; o blogueiro católico se apaga para dar [justíssimo] lugar à Doutrina da Igreja. Ele entende que, mais que expor o que eu penso, é preciso expor o que a Igreja pensa. Este passa a ser o critério.

            Ser um blogueiro católico é escrever e preparar-se para as rebordosas. Não se trata de conquistar um público-amigo. Importa, sim, a maior glória de Deus, exaltação da Santa Mãe Igreja, e a salvação das almas. Portanto, ibope para si não é, ou – pelo menos – não deve ser, a finalidade querida por alguém que se pretende um cavaleiro da Igreja nas terras hostis da internet. Muito provavelmente, os elogios serão poucos e as críticas muitíssimas. Bendito seja Deus se assim o for de fato! Ser um blogueiro católicos é, portanto, deparar-se com toda uma horda de inimigos da Igreja que, parafraseando a oração a São Miguel Arcanjo, andam pelos sites a fim de perder as almas… Mas, sob os auspícios da Santíssima Virgem, avante!

            No vaticano, as iniciativas de evangelização via internet também estão se multiplicando. Depois do canal do Papa no youtube, agora o Papa tem Facebook: veja aqui!