Trago abaixo mais uma pérola do JC:
Recife vai oferecer pílula do dia seguinte durante a folia
Publicado em 05.02.2009, às 21h29.
Do JC on-line
Com informações de Cidades/JC
Os postos de atendimento de saúde montados para o Carnaval do Recife estarão disponibilizando – a exemplo do ano passado quando houve polêmica entre segmentos religiosos – a contracepção de emergência, a chamada pílula do dia seguinte. O anúncio foi feito na tarde dessa quinta-feira (5) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Durante a Festa de Momo, a secretaria vai instalar quatro postos nos focos da folia. As estruturas montadas nas Ruas do Sol e Floriano Peixoto, no Centro, só vão funcionar no dia 21 de fevereiro, quando desfila o Galo da Madrugada. As demais unidades, na Praça da Independência e no Marco Zero vão prestar assistência do dia 20 a 25 de fevereiro.
A contracepção de emergência também estará disponível nas maternidades e policlínicas municipais com pronto-atendimento: Professor Bandeira Filho e Agamenon Magalhães, em Afogados; Professor Barros Lima, em Casa Amarela; Professor Arnaldo Marques, no Ibura; e Dr. Amaury Coutinho, na Campina do Barreto.
POLÊMICA – No ano passado, a Arquidiocese de Olinda e Recife entrou com uma representação na Justiça para tentar barrar a iniciativa da Prefeitura do Recife. A Justiça negou o pedido de liminar.
A pílula já é disponibilizada de forma controlada na rede municipal desde 2003. A medida faz parte da estratégia para a redução de danos à saúde sexual e reprodutiva das mulheres. A medicação é destinada somente àquelas que tiverem relação sexual sem proteção, seja decorrente de abuso ou por falha no método anticoncepcional. Para ter acesso ao tratamento, é necessário passar por atendimento médico.
Dissecando a notícia:
O termo “contracepção de emergência” é um dos mais cretinos que já foram cunhados para suavizar a designação da pílula abortiva. De onde vem a necessidade emergente de abortar? Do sentimento de culpa pela participação em ato promíscuo? Da covardia de não querer assumir os efeitos de atitudes inconseqüentes? Do desejo de poder viver mais e mais o prazer sem responsabilidade? De um surto de “sensatez” repentina que faz perceber que um filho não é uma brincadeira e que, portanto, tão logo se entreveja a possibilidade de uma gravidez deve-se evitá-la para aproveitar mais intensamente a vida? Não sei. Talvez seja um misto de todas essas “razões”. O fato, porém, é que não faz nenhum sentido chamar a pílula abortiva de contracepção de emergência.
Não bastasse a canalhice na nomenclatura aplicada à pílula, cria-se uma rede de distribuição da mesma. É impressionante como a logística da coisa é bem planejada: identifica-se os principais focos carnavalescos, fixam-se as datas e horários para a “disseminação” da pílula, mobilizam-se hospitais e policlínicas: um esquadrão a serviço da morte!
Mas o último parágrafo da reportagem é o mais terrível. Diz o texto: “A medida faz parte da estratégia para a redução de danos à saúde sexual e reprodutiva das mulheres”. Se eu não conhecesse o JC, diria que simplesmente repetiram a informação que foi repassada pela secretaria municipal de saúde. Mas, conhecendo-o, sei que aderem plenamente à justificativa insana de que a distribuição da pílula é uma “medida de proteção à saúde da mulher”. O jornalismo deles é sempre mais opinativo que informativo.
Essa história de “redução de danos à saúde sexual” é a maior balela que já ouvi. O que causa dano à saúde não é o fato de engravidar, mas sim as conseqüências de uma vida promíscua! A imoralidade é que é a doença, não a gravidez! Pena que, na cartilha da prefeitura, gravidez seja encarada não como bênção de Deus, mas sim como doença incurável…
Por fim, tenta-se remediar o excesso de insensatez fazendo crer que a pílula será distribuída “de modo responsável”, isto é, “somente àquelas [mulheres] que tiverem relação sexual sem proteção, seja decorrente de abuso ou por falha no método anticoncepcional”. Preferia que dissessem com clareza: “achamos que você é um idiota”. Porque qualquer uma pode chegar e dizer: “ah, usei o anticoncepcional e falhou”. E o médico vai dar a pílula porque não tem como averiguar se ela está falando a verdade ou não! Logo, a distribuição, que de per si já é imoral e ilícita, não pode ser nunca “responsável”.
Rezemos! Porque sob a batuta de um governo petista e com um jornal como o JC [de]formando opinião, só Deus para se apiedar de nós.
fevereiro 7, 2009 at 11:00 am
É possível denunciar esse crime financiado com dinheiro público ao MP através do link: http://www.mp.pe.gov.br/index.pl/denuncia_ouvidoria
Já sei que o bispo o fez o ano passado, mas temos que repetir aos milhões!!!
fevereiro 7, 2009 at 7:44 pm
[…] Aqui em Recife, de novo, a Secretaria Municipal de Saúde vai distribuir, no Carnaval, as pílulas abortivas para que os foliões possam aproveitar a sua promiscuidade sem escrúpulos de consciência. Não […]
fevereiro 10, 2009 at 12:47 pm
“Prefeitura do Recife, a grande obra é cuidar das pessoas”.mesmo? acho no mínimo engraçado que nos EUA a mulher tenha que assinar um longo termo de responsabilidade para ter acesso a uma dessas pílulas (e olhe que em boa parte desse país o aborto é legal), já aqui em Recife basta querer para poder chupar uma dessas “balas”, mas ainda bem que o lema da prefeitura deve muadar.
fevereiro 12, 2009 at 7:50 pm
“A grande obra é cuidar das pessoas”
– – A grande obra é uma PIADA!!
Deus, perdão!
fevereiro 18, 2009 at 5:37 am
Mesmo achando tu “direitosco” eu concordo em alguns pontos!
Só começar o carnaval, que começa a folia nos tribunais.
É um lado gritando: “Em favor da vida estamos!”.
E do outro: “É uma questão de saúde pública já confirmamos!”.
E Lula diz: “Cuidado com a saúde neste carnaval, pois, não temos CPMF!”.
E nesse bloco do “quem melhor é” lembro-me do ditado: “cada macaco no seu galho!”.
Às vezes, a ignorância nos reveste de uma extrema burrice que contagia a todos. Pensar em saúde pública em insignificantes pílulas seria deixar um exercito nas “mãos” de formigas. Saúde pública vai além de únicas pílulas, vão aonde nossos olhos não conseguem enxergar, vai aos vampiros e “mensalões” que teimam ainda a vingar.
Tony B., antigo 1º ministro da Inglaterra, tomou como exemplo a CASTIDADE entre os jovens ingleses. A diminuição do vírus do HIV diminui consideravelmente depois de tal ato.
Pensamos juntos: “Será mesmo que as convicções católicas neste CARNAVAL estão erradas?” Penso que não.
Todos, hoje, têm o direito do gritar e querer afirmar algo, então, porque a Igreja (instituição) não tem o mesmo DIREITO em afirmar a agressão dada por tal ato das Prefeituras de Olinda e Recife.
“Mas, Michel, Inglaterra é DESENVOLVIDO e têm EDUCAÇÃO!”.
Respondo: “Ta bom querido (a), o problema da saúde pública BRASILEIRA é uma questão de EDUCAÇÃO!”.
Então, estamos em “metástase” educacional.E ainda… PULAMOS O CARNAVAL!