Eu já havia mencionado o nome desta senhora aqui quando o Jornal do Commercio noticiou que ela concedera parecer favorável à interrupção da gestação em casos de fetos anencéfalos. Parece que, infelizmente, a atuação desastrosa dela não se resumiu a isto…

Deborah Duprat
“A passagem de Deborah Duprat pela chefia da Procuradoria-Geral da República foi meteórica e intensa. Em 22 dias como procuradora-geral, ela desengavetou ação sobre aborto de anencéfalos e ajuizou outros processos polêmicos no Supremo Tribunal Federal sobre a Marcha da Maconha, grilagem na Amazônia e união civil entre homossexuais. A depender da vontade dela, o Supremo será palco de debates históricos nos próximos meses sobre questões enraizadas – e nem sempre discutidas – pela sociedade brasileira. Não bastasse isso tudo, Deborah Duprat, de quebra, entrou para a história: foi a primeira mulher a comandar a PGR.
Mas todo esse desempenho, por vezes apressado, tem um preço. Ela assumiu a PGR em 29 de junho e, três dias depois, sacou da manga uma inflamável Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental para que o STF reconheça a união estável de pessoas do mesmo sexo, inclusive com pedido de liminar. A ADPF 178 foi proposta como um passo à frente de uma outra ação mais antiga, cujo parecer da AGU delimitava o alcance da medida ao Rio de Janeiro.
A ADPF de Deborah Duprat, no entanto, foi um tropeço. Seis dias depois da ADPF, a procuradora-geral interina tomou um puxão de orelha do presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, que pediu que a ação fosse mais específica. No despacho, Gilmar Mendes disse que não estavam claros quais seriam os atos do poder público contrários aos preceitos fundamentais citados na ADPF. Resultado: no dia da posse do novo procurador-geral, Roberto Gurgel, ela teve de ver a ação ser reautuada pelo STF. Gilmar Mendes transformou o processo em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4.277).
Contra todos
Nesses 22 dias na PGR, a atuação mais ousada de Deborah Duprat talvez tenha sido no parecer favorável ao aborto de anencéfalos. Além da discussão extremamente complicada, uma vez que mistura saúde pública com crença religiosa, a questão é delicada dentro da PGR. Isso porque o principal defensor da proibição do aborto é Cláudio Fonteles, ex-procurador-geral da República e primeiro nomeado a partir da eleição da categoria.
Fonteles foi o antecessor e principal apoiador de Antonio Fernando de Souza, procurador-geral que, há três meses, recebeu a missão de fazer o parecer da PGR sobre o aborto. Antonio Fernando, por sua vez, foi determinante na apertada eleição de Roberto Gurgel, que assumiu na quarta-feira (22/7) – daí o lastro da influência de Fonteles nos corredores da PGR até hoje.
Contrariando a posição do respeitado Fonteles, um notório defensor da doutrina católica, Deborah Duprat se adiantou e apresentou o parecer da PGR. Para ela, quem deve decidir sobre o aborto de feto sem cérebro é a mãe e não o Estado, nem a igreja. Ela aproveitou a brecha como procuradora-geral interina e esse entendimento agora é, oficialmente, a posição da PGR. “A antecipação terapêutica do parto na anencefalia constitui exercício de direito fundamental da gestante. A escolha sobre o que fazer, nesta difícil situação, tem de competir à gestante, e não ao Estado. A este, cabe apenas garantir os meios materiais necessários para que a vontade livre da mulher possa ser cumprida, num ou noutro sentido”, diz o parecer.
A procuradora também foi contra o governo. Deborah Duprat questionou a Medida Provisória 458/09, sobre a regularização fundiária da Amazônia. Assim como havia sustentado a oposição durante as votações no Congresso, Deborah Duprat disse que artigos da lei convertida favorecem os grileiros. “O Supremo deve declarar que o aproveitamento racional e adequado, aludido no preceito em questão, envolve também o dever de não provocar qualquer tipo de desmatamento irregular na área regularizada, bem como o de também recuperar as lesões ambientais causadas pelo ocupante ou por seus antecessores antes da regularização fundiária”. Para isso, a PGR entrou com uma ADI.
Maconha e transexuais
A defesa dos gays e do aborto foram apenas alguns dos tantos atos polêmicos de Deborah Duprat. No último dia à frente da PGR, por exemplo, entrou com uma ADPF e ADI para que o STF dê a palavra final sobre a licitude das manifestações favoráveis à legalização das drogas, em especial a Marcha da Maconha. O evento teve de ser cancelado em diversos estados, em razão de decisões judiciais que classificaram a marcha como apologia às drogas.
Para ela, defender a legalização da maconha é um exercício da liberdade de expressão. “O fato de uma ideia ser considerada errada ou mesmo perniciosa pelas autoridades públicas de plantão não é fundamento bastante para justificar que a sua veiculação seja proibida. A liberdade de expressão não protege apenas as ideias aceitas pela maioria, mas também — e sobretudo — aquelas tidas como absurdas e até perigosas. Trata-se, em suma, de um instituto contramajoritário, da minoria”, sustentou.
No mesmo dia que Deborah Duprat apoiou a Marcha da Maconha, ela também apresentou a ADI 4.275. Dessa vez, em defesa dos transexuais. “Impor a uma pessoa a manutenção de um nome em descompasso com a sua identidade é, a um só tempo, atentatório à sua dignidade e comprometedor de sua interlocução com terceiros, nos espaços públicos e privados”, afirmou. Por isso, ela quer que o Supremo garanta o direito de transexuais trocarem de nome mesmo sem operação.
Ações a granel
Deborah Duprat se movimentou para que o STF dê o entendimento definitivo sobre os benefícios aos contribuintes inadimplentes. Foi contra também restrições aos militares para o acesso à Justiça e criticou, ainda, a resolução do Conselho Nacional do Ministério Público para regulamentar os pedidos de grampos telefônicos. Em nome da liberdade artística, entrou com ação contra a regulamentação da profissão de música.
A procuradora-geral interina pediu ainda a inconstitucionalidade de lei paulista que cria regras para o uso de cão-guia. A lei obriga que o proprietário ou instrutor do cão seja filiado à Federação Internacional de Cães-guia, “em evidente ofensa aos direitos de livre associação”, segundo ela. Outra ADPF foi apresentada para que o conceito de pessoa com deficiência do ordenamento jurídico brasileiro seja o mesmo de convenções internacionais, cuja interpretação é mais genérica. Na ação, a PGR afirma que a lei brasileira é restritiva e denega benefícios de prestação continuada a um número significativo de pessoas que têm deficiência e vivem em condições de absoluta penúria.
Ainda é cedo para medir, de fato, o alcance dos 22 dias de Deborah Duprat. Mas a primeira procuradora-geral mulher já ganhou um prêmio pela atuação. O atual procurador-geral Roberto Gurgel, eleito pela maioria da categoria, nomeou Deborah Duprat vice-procuradora-geral. O cargo é promissor. Pode ter sido só coincidência, mas Gurgel e Antonio Fernando, antes de terem sido eleitos para chefiar a PGR, ocuparam o cargo de vice”.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2009-jul-23/22-dias-duprat-colocou-pgr-favor-gays-aborto-marcha-maconha
julho 24, 2009 at 10:11 pm
Essa Deborah Duprat é incansável na sua luta contra a moral. Infelizmente sua influencia perdurará ainda mais. Ela está engajada e possui uma determinação obstinada contra tudo que é decente. Se é capaz de distorcer a moral, distorcer os princípios da constituição lhe é coisa simples.
Leia a carta enviada a esta Senhora por Marcio de Assis Santos Cordeiro em
http://juliosevero.blogspot.com/2009/07/carta-de-marcio-de-assis-santos.html
julho 28, 2009 at 2:34 pm
Deborah Duprat: símbolo de moralidade e moralização. Num tempo em que todo e qualquer debate de caráter urgente e polêmico é arquivado, quando interina na presidência da PGR, Deborah Duprat pôs em pauta. A questão não é se seu ponto de vista quanto aos processos condiz com o que cada um pensa, seu ato de levantar os processos que é o mais importante, para definitivamente decidir o que é legalmente moral ou não. Cabe agora, não criticar o levantar dos processos, mas sim elogiar, e os contra e à favor de cada petição colocarem sobre a mesa seus argumentos. Meus parabéns à Deborah Duprat pelo excelente trabalho.
julho 28, 2009 at 9:08 pm
Lulacardona,
Não sei se você é da área de Direito, mas penso que deveria saber que **a esfera da moral é muito mais ampla que a da lei**. De modo que **não faz nenhum sentido legitimar qualquer coisa que seja imoral**. Esta senhora defende tudo o que de mais imoral alguém pode defender. O ato louvável de tentar fazer a justiça andar, i.e., dar prosseguimento a processos importantes que há anos estão arquivados nas prateleiras dos tribunais, fica obscurecido ante a imoralidade das propostas desta senhora.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
julho 29, 2009 at 3:16 pm
Bem, Debora Duprat pode ser símbolo de muitas coisas, menos de moralidade e moralização.
Veja esse mesmo caso, onde ela juntamente amigos do STF tentam desrespeitar o Estado Democrático de Direito (http://juliosevero.blogspot.com/2009/07/carta-de-marcio-de-assis-santos_29.html)
Francamente, considerar Debora Duprat com símbolo de moralidade e moralização é prova da queda livre do padrão de moral e do senso justiça. Na verdade, essa senhora é símbolo dessa queda.
agosto 4, 2009 at 1:45 pm
Lula,
nem adianta discutir. O autor do blog é fanático religioso. Sou totalmente a favor da liberação de drogas leves, assim como o cigarro não é proibído (quanta ironia, não), que no fundo alimentam o tráfico e a favor de liberação de qualquer tipo de união. Embora estas coisas não esteja na religião do Gustavo, disse Deus que o ser humano tem vontade própria e liberdade, então se ele quer assim quem tem direito de impedir. Temos que acabar com esse falso moralismo que impera.
O aborto também deve ser discutido. Embora eu não o apoie, há solidas razões para se discutir a legalização à prática que muitas mulheres já fazem, sendo permitida ou não e que no fundo resulta na morte delas e do próprio feto. Não podemos ignorar esse fato.
Governar escolhendo uma religião, sendo catolicamente ou evangelicamente também é ridículo. Não podemos governar com o coração e sim com a cabeça. É preciso ser prático e não emotivo. Fazer medidas em prol da sociedade e não de uma religião ou de uma crença sua.
Pior do que a corrupção nesse país, só mesmo a hipocrisia imensa da sociedade.
Abraço,
Lucas
agosto 5, 2009 at 1:57 am
Caro Lucas,
Você disse:
“nem adianta discutir. O autor do blog é fanático religioso. Sou totalmente a favor da liberação de drogas leves, assim como o cigarro não é proibído (quanta ironia, não), que no fundo alimentam o tráfico e a favor de liberação de qualquer tipo de união”.
O fanatismo religioso do qual você me acusa constitui uma técnica – que ultimamente vem sendo bastante utilizada – para desmerecer a argumentação **não-religiosa** de quem professa publicamente a sua fé. A teoria[que muitas vezes se converte em exigência] segundo a qual para julgar as coisas “sem paixão” seria preciso abandonar as convicções religiosas, é falsa e absurda. E se nós invertêssemos o jogo? Se passássemos a cobrar que os ateus abandonassem o seu ateísmo para poder opinar com isenção em assuntos que envolvam religião? Não faz o mínimo sentido. As pessoas, quando dão o seu parecer sobre as coisas, sempre o fazem considerando toda a sua “bagagem formativa”, a qual **inclui** (mas não **se limita**) a dimensão religiosa. Bom seria que você entendesse e reconhecesse isso.
E mais:
“Embora estas coisas não esteja na religião do Gustavo, disse Deus que o ser humano tem vontade própria e liberdade, então se ele quer assim quem tem direito de impedir. Temos que acabar com esse falso moralismo que impera”.
Deus nunca disse que a liberdade de um homem poderia tolher a de outro. Acima da vontade humana, está a Divina. Você disse que impera um falso moralismo. Eu diria que impera, sim, a imoralidadade de uns e a amoralidade de outros.
Disse ainda:
“aborto também deve ser discutido. Embora eu não o apoie, há solidas razões para se discutir a legalização à prática que muitas mulheres já fazem, sendo permitida ou não e que no fundo resulta na morte delas e do próprio feto. Não podemos ignorar esse fato”.
Não é verdade que há “sólidas razões para se discutir a legalização do aborto”. Aborto provocado é o assassinato de um bebê. E não há nada que possa tornar lícito ou amenizar a gravidade intrínseca de um ato dessa natureza. Nós [fundamentalistas religiosos] temos, nesse campo, argumentos filosóficos, médicos, jurídicos, etc. Mas que adiantaria expor aqui tudo isso, não é verdade? No fundo, você acharia que todos os argumentos tem um “fundo religioso”. Aí não dá para discutir. Falta honestidade intelectual…
E também:
“Não podemos governar com o coração e sim com a cabeça. É preciso ser prático e não emotivo. Fazer medidas em prol da sociedade e não de uma religião ou de uma crença sua. Pior do que a corrupção nesse país, só mesmo a hipocrisia imensa da sociedade”.
Caríssimo, nós não queremos – ao contrário do que você colocou – “governar com o coração”. Queremos governar com a razão, com a lógica, com a Moral Universal. Estas, nos dão boas razões para não concordar nem com o aborto, nem com a eutanásia, nem com o reconhecimento legal de uniões homoafetivas, nem com nada que seja semelhante a isto. Assim pensamos, assim ensinamos. Portanto não podemos ser acusados de hipócritas (porque hipocrisia é falta de coerência). Deste mal nós não padecemos. Tenho dito.
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
agosto 5, 2009 at 1:58 pm
Caro Gustavo,
vou na ordem para não aumentar demais isso aqui.
Primeiro, afirmo que não sou ateu. Apenas julgo esses fatos de uma maneira menos religiosa que você. Toda vez que levamos em consideração uma o outra religião, vamos a uma escolha tendenciosa. Ora, cada religião quer uma coisa diferente e o benefício da população pode não estar neste meio. É preciso julgar, imparcialmente, embora toda opinião seja um pouco parcial, os fatos de acordo com dados e outras coisas.
A morte por abortos é tão grande que vale a pena considerar legalizar para certos casos ao invés de deixar tolas jovens se suicidarem e matarem seus filhos ao mesmo tempo. Melhor ainda seria educar, mas o que fazer com a situação atual, já que educar demora bastante? Não afirmo de forma alguma que sou a favor do aborto, mas vale ver dados para se considerar se seria interessante para a população em geral, embora ache que a maioria dos casos é um absurdo e que se uma jovem engravida por descuido (não por estupro) ela deveria assumir o que fez, ou seja, ter a criança.
Não estaremos tolhendo a liberdade de outras pessoas tomando estas medidas. Só estaremos ferindo o ego e religião de alguns. Se você tem a liberdade de escolher uma religião e até mesmo de escolher acreditar em Deus (afirmo que acredito também), todos tem a liberdade de não ter uma religião, não acreditar em Deus ou acreditar em qualquer coisa. Não consigo enxergar como uma união homossexual ou aborto ou eutaniásia ou até mesmo liberação da maconha tolhe a sua liberdade ou de alguém…
O que é imoral pra você pode não ser para outra pessoa e isso também não tolhe sua liberdade nem a de ninguém.
A questão aqui não é somente o aborto, mas a ampla discussão de várias coisas que ficaram engavetadas por “medo” de se discutir ou de ir de encontro com a “moral” da sociedade, que na verdade é a moral de alguns.
Aceito todos os seus pontos de vista, porém tenho a plena liberdade de discordar dos mesmos, não porque acho você fanático, mas porque simples análise dos mesmos.
O aborto ainda é um dos mais polêmicos deste tema, mas dizer que todo aborto é assassinato é como dizer que entendemos a vida plenamente e que podemos julgá-la. Nem a ciência pode afirmar quando a vida se dá e os religiosos insistem em afirmar que qualquer mínima união entre espermatozóide e óvulo é vida. Então, realmente esta linha é bem tênue e fica difícil afirmar que algo está certo ou errado.
O problema é que nessa governança sem o coração, na verdade está sendo usada uma falsa moral. Uma moral religiosa que prende a mulher, uma moral que diz que é pecado usar camisinha quando temos milhões de infectados com AIDS. Sendo assim, se isso não é hipocrisia, não sei o que é.
março 4, 2010 at 11:07 pm
Não quero me meter no assunto, cai meio que de para-quedas no seu blog.
Porém gostaria de dizer que sua analogia aos ateus não faz o menor sentido. Você não pode pedir para uma pessoa abandonar o ateismo, ateismo não é uma religião. É justamente a não crença (a teismo).
De forma análoga é pedir para uma pessoa que não acredita em Papai-Noel passar a acreditar. Se ele é ateu com relação ao Papai-Noel você nunca poderá pedir para ele simplesmente passar a acreditar afim de julgar um assunto de forma melhor ou pior sobre seu ponto de vista.
Sem contar que existe um principio que fala justamente sobre isso: Estado Laico.
Sobre esse ponto de vista, não faz o mínimo sentido sua colocação.
março 9, 2010 at 2:59 am
Caro Wallacy,
Desculpe pela demora em responder-lhe.
Mesmo tendo “caído de pára-quedas” seja bem-vindo! 😉 Agora deixe-me fazer algumas colocações:
1º – Quanto ao ateísmo:
CRER que Deus não existe constitui uma crença como qualquer outra… Este é o âmago da crença ateísta, é isto que une os ateus: crer que não há Deus. Neste sentido, podemos até dizer que eles religiosos [já que estão reunidos, ligados, por um mesmo “ponto de fé”: a inexistência da divindade]. Portanto, ao contrário do que você alega, concluo que ateísmo é religião sim senhor.
2º – Sobre a Laicidade do Estado:
O Estado é laico, sim, meu caro. Mas A NAÇÃO É CRISTÃ. Procure na internet artigos de Pe. Luiz Carlos Lodi, bem como do Dr. Rafael Vitola, sobre este assunto. Um magistrado do Rio de Janeiro, inclusive, também recordou esta compreensão ao manifestar-se contra a retirada dos símbolos religiosos das repartições públicas. Não se pode calar a voz da maioria que – quer queiram quer não – **ainda é cristã**. Onde está seu espírito *democrático* nessas horas?
Abraço,
Gustavo Souza
Autor deste blog
março 22, 2010 at 11:40 pm
gostaria muito de saber se um garoto de 17 anos matasse sua mae,estuprasse vc teria esta mesma ideia ,espero que umj garoto desse que vc defende mate com requinte de crueldade uma pessoa que vc ame pra vc senti o que familias sentem mas infelizmente nao se pode mas confiar em juizes ate porque hoje em dia qualquer pessoa como vc pode ser o que e uma vergonha pra justica e o mbrasil
março 23, 2010 at 1:40 pm
José,
Independentemente do que você ou qualquer outra pessoa tenha passado, ainda que tenha sido um grande sofrimento, não será desejando isso aos outros que a situação se resolverá, concorda? Não desejo que ninguém mate nenhum dos seus parentes nem amigos, muito menos com requintes de crueldade. Você já demonstra amargura demais em suas palavras. Espero que você também deixe de desejá-lo aos demais.
Quanto ao estupro, há sim mulheres que engravidam e deixam os bebês nascerem, pois entendem que eles não são culpados por nada do que tenha acontecido. E isso não enche suas vidas de amargura, mas de felicidade, como qualquer outro filho.
Por fim, em relação aos juízes, podemos confiar neles tanto quanto confiamos nos demais seres humanos. Se ninguém é perfeito, garanto que não será ao assumir o cargo de juiz que se tornará. Por outro lado, da mesma forma que há cidadãos honestos e desonestos em todas as profissões, não será o Judiciário imune a tal realidade.
Espero sinceramente que você seja mais otimista e menos amargo (diria vingativo, mas não cabe pois não foi o Gustavo quem te destratou).
Paz e Bem!
agosto 6, 2010 at 4:12 pm
Deborah Duprat é lúcida e coerente. Faz um ótimo trabalho tentando remover obscurantismos e tabus em questões laicas. Cada um pode escolher o que quiser para acreditar, mas o governo é laico. E isso não entra no campo moral/amoral. Nada do que ela levantou entra nessa questão. Vocês que fazem parecer com que os assuntos estejam nessa esfera da moralidade. A coisa mais importante que pode existir é a liberdade individual. Cada um sabe o que é melhor para si.
agosto 6, 2010 at 4:19 pm
1. “O Estado é laico, sim, meu caro. Mas A NAÇÃO É CRISTÔ
2. “Ateísmo é religião”.
Caramba, Gustavo, você foi longe mesmo…
1. Eu não sou cristão. Quer dizer que não faço parte da nação? Incrível sua linha de pensamento!
2. Ateísmo não é religião, óbvio. É constatação. Se eu te disser que tenho 800 anos, por mais absurdo que seja, não é você que tem que provar o contrário. Eu que tenho que te provar que tenho 800 anos. Como ninguém prova que deus existe, então não existe. Simples assim.
agosto 23, 2010 at 8:29 pm
Bravo Fernando,
Acho incrível como existe uma necessidade de MORALIZAR os outros… E que moral? A moral religiosa? O significado de Moral e Ética foram completamente deturpados pela igreja e isso mostra a forma como se referem a todos que tem opiniões diferentes.
Até quando a igreja vai querer interferir em escolhas individuais e privadas, como por exemplo, o sexo de quem vamos nos unir. Sinto que essa “moral religiosa” tenta é pregar o ódio por tudo aquilo que não seja como ela prega. O Holocausto aconteceu por isso!
agosto 30, 2010 at 8:10 am
fiquei impressionado com a quantidade de besteiras que li nas respostas ao texto do blog, que por sinal é deveras parcial. achei eivado de preconceitos e ódio. Acho curioso esse ódio incubado que as pessoas que dizem amar Deus tem no coração. A luz é pura força. E com tanto ódio e rancor, os anjos só poderão lamentar por nós! Quanta ignorância. Pensei que iria ler algo interessante, alguma visão inteligente, pra acrecentar o debate. Só li juizo de valor totalmente embasados em opiniões fanáticas e fundamentalistas. Uma perda de tempo!
agosto 30, 2010 at 8:12 am
Eu provo que Deus existe!
setembro 3, 2010 at 5:36 pm
Segundo Jesus Cristo temos o livre arbitrio, voce pode escolher o que voce quer, não que eu ache que a união homoafetiva é ilegal ou imoral, mas se a lei que eles poderão se casar é uma opção individual para cada um, a salvação do individuo é individual e não coletiva, para aquele que acreditam que ser gay é maltratar Deus siga a sua religão, e não julgue o proximo pois Jesus disse “Atire a primeira pedra aquele que não tem pecado”, voce se acha suficientemente superior aos outros? Jesus se considerava superior? Não. Voce pode ver isso em varias partes da biblia, voces não tem tolerancia e amor com o proximo, o que causa a impressão que todos os evangelicos são fanaticos são pessoas como voceis que não separam as coisas: Religião e Direitos, Religião e Trabalho, Religião e a Sociedade, etc…
Eu Apoio a união homoafetiva devido que na constituição do Brasil diz que todos são iguais independente de diferenças, se somos iguais temos que ter os mesmo direitos, se um casal hetero tem direito de se casar o casal homo tambem…E cada um com a sua fé.
O Brasil é um estado LAICO (sem religião com politica), eu entendo que a biblia é muito importante para um cristão, mas para um brasileiro é necessario conhecer a constituição tambem. Pessoas como voce me envergonham, isso porque eu sou evangelico da Igreja Presbiteriana. Pense de maeira igual a Jesus! Paz
novembro 10, 2010 at 6:17 pm
É lindo ver que ainda existe gente sensata no mundo. Deborah Duprat é minha nova heroína.
janeiro 24, 2011 at 12:04 am
VIVA DEBORAH! TOMARA QUE ELA VÁ AINDA MAIS LONGE. NA MINHA OPINIÃO, ELA FOI TÍMIDA. DEVERIA TER IDO ALÉM!
É PRECISO SUPERAR ESSES VALORES ARCAICOS! O mundo precisa evoluir!
fevereiro 9, 2011 at 2:09 pm
a nação é cristã? e as outras religiões? os cristão ficam enchendo o saco querendo dominar tudo, seus porras sedentos de poder. deixem as pessoas serem livres, rezem em casa e parem de atrasar o desenvolvimento das liberdades nesse país.
março 25, 2011 at 6:40 pm
Machista, preconceituoso e pedante (acha que entende de dreito e moral). Uma pena pensar que uma pessoa ache IMORAL discutir questões relativas as maiorias – consideradas minorias, por não terem voz – que deveriam ser mais respeitadas. Mas, contudo, é querer demais exigir de alguém que provavelmente teve uma educação dogmática e castrante, VIVA A LIBERDADE!!! Não é justo decidir pela vida e integridade física e psíquica de uma mulher que carrega em seu ventre um bebê que vai morrer. Ponha-se em seu lugar. Homossexual não pode ter seus direitos civis garantidos (incluso herança e outros direitos sucessórios)? E se um homem se sente mulher e assim vive, não pode mudar o nome? Tem que esperar a mudança de sexo? O problema do Direito não é a moral é a péssima educação, mesquinha, elitista e preconceituosa de nossas crianças, o que gera pessoas como essa que escreveu o artigo acima.
Uma pena, mesmo.
No entanto, temos pessoas corajosas, como a Sub-procura da República Deborah Duprat!
Viva aos brasileiros corajosos!!!!
Viva ao conhecimento libertário e desapegado de qualquer valor religioso.
Ao infeliz autor desse artigo, vá refletir antes de escrever qualquer coisa, não saia por aí falando asneiras preconceituosas, não cola mais! É ato desesperado, burro!
Deus é criação do homem, não confunda as coisas, cada um acredita no que quiser, mas os outros não são obrigados a obedecer. Isso é autoritarismo, aliás, próprio de nossa cultura colonial que até hoje perdura nas mentes ignorantes!!!!
abril 27, 2011 at 3:07 am
Querido mantenedor do blog, vai arrumar algo mais util pra fazer que escrever idiotices sobre uma pessoa tao lucida!
Voce precisa se tratar!
junho 14, 2011 at 3:37 am
Deborah Duprat é autoritária e oportunista. Conheço-a, há anos, pois sou do MPF.
Esta mulher sabe muito bem que o foro desses temas não é uma sala com onze deuses. Não há legitimidade do STF, por mais supremos que se achem, de decidir questões dessa natureza.
Para isso elegemos um Congresso Nacional. Bom ou mau é ali que encontramos uma mínima representatividade. Não num STF e numa PGR escolhida por um presidente de plantão.
O poder constituinte é do povo. O povo é perene, os governos são momentâneos. Hoje é Dilma, amanhã quem será? Não importa. O que importa é não estuprarmos o pacto político.
Com razão o blog. A passagem dessa senhora pela foi (é) catastrófica. COmo de resto de todos os integrantes do Partido do Trabalhadores, rectius Tuiuiús, do MPF.
junho 16, 2011 at 3:23 pm
ESSA MULHER É FANTASTICA…VEIO MOSTRAR O QUE NÓS VIVEMOS NUMA DEMOCRACIA…E QUE NEM A HIPOCRISIA QUE INFLAMA AS RELIGIÕES PODE COM ELA…
junho 16, 2011 at 3:26 pm
TENHO PENA DE PESSOAS IGUAIS AO DONO DESSE BLOG. ESCRAVOS DA RELIGIÃO…MAS…SE NAO TEM CULTURA…DA-LHE RELIGIÃO !!!
junho 16, 2011 at 8:20 pm
Vi a decisão do STF ontem sobre a marcha da maconha,,r..fiquei envergonhado com tanta demonstração de “Poncio Pilatismo”as autoridades máximas do país se prestando a atitude tão ridícula…
O próximo passo agora será aprovar a marcha da cocaina, da heroína..da pedofilia…afinal, temos que respeitar a liberdade de opinião..
E os senhores dizendo que podem fazer a marcha mas nao será permitido crianças e adolescentes..soou patético,, quem irá controlar…vossas excelências ???
junho 19, 2011 at 4:28 pm
Faço minhas as palavras do Thiago:
É lindo ver que ainda existe gente sensata no mundo. Deborah Duprat é minha nova heroína.
julho 5, 2011 at 5:46 pm
“ateísmo é religião sim senhor”.
o que é religião pra você? se qualquer crença é religião, tudo é religião.
Eu entendo que o “zero” existe e nem por isso acreditar no zero me torna um religioso do zero. Não acreditar em papai noel não nos torna de uma religião anti-papai noel.
Sua opinião sobre ateus é preguiçosa e simplista. Ateus não estão unidos em não acreditar em Deus. A maioria nem fica discursando sobre isso, não se reúne pra pregar isso. Ateus não perdem seu tempo com Deus.
Religiosos são mais preocupados com os ateus do que os ateus com os religiosos.
dezembro 20, 2011 at 7:23 pm
Digamos que ela tem uma noção de mundo bem mais espiritualizada e generosa do que a fraude dos moralistas.
Uma pena que o brasil seja um país de dar inveja à inquizição.
Lamentável terra das ditaduras de toda ordem!
maio 15, 2012 at 8:42 pm
Catastrófica pra quem? Pro Brasil foi a melhor, sem dúvida!!!!
junho 12, 2013 at 12:58 am
Monica diz:
Apoio a coerência e discernimento de Debora Duprat. O Brasil precisa de representantes com esse perfil!